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Eu Queria Ter a sua Vida | Omelete Entrevista David Dobkin

Diretor comenta as comédias adultas e a homenagem ao Clube dos Cafajestes

06.10.2011, às 22H32.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 17H14

A comédia de troca de corpos Eu Queria Ter a Sua Vida (The Change Up) estreia esta semana nos cinemas brasileiros. Na época que o filme foi lançado lá nos Estados Unidos, o Omelete foi convidado pela Universal Pictures para conversar com os atores e o diretor. Depois de mostrar a entrevista com os protagonistas Ryan Reynolds e Jason Bateman, e a bela Olivia Wilde, hoje temos o David Dobkin. No bate-papo, o cineasta fala que também se surpreendeu com as ideias do roteiro, comenta as comédias adultas e a homenagem ao Clube dos Cafajestes.

Quando eu ouvi falar pela primeira vez de Eu Queria Ter a Sua Vida e fiquei sabendo que era uma comédia sobre troca de corpos, pensei: "quem quer ver outra comédia de troca de corpos?"

Exatamente...

Mas aí o filme começou e eu ri muito de verdade porque foi algo inesperado. Isso foi uma preocupação para você?

Eu acho que esse negócio de trocar de corpos é chato, já foi feito muitas vezes e ninguém mais liga. Na verdade quando eu recebi o roteiro, que foi escrito pelos caras de Se Beber Não Case, eu pensei: "Ai meu deus...". Sabe? Mas eu comecei a ler e era muito engraçado, perspicaz e sensível que eu fiquei em choque deles terem criado um filme tão bom com aquela ideia. E merecia ser assim. Então eu tive a mesma experiência que você. Fico feliz que você teve e espero que a gente possa surpreender as pessoas que acham que já viram este filme antes porque é muito original.

E é um tema muito censura livre esse de troca de corpos.

Sim, muito. Nunca tinha sido feito para maiores.

É. Foi uma preocupação? Quero dizer, visualmente você tentou fazer mais parecido com temas livres, para as pessoas se identificarem?

Tem algumas partes do filme, da linguagem, que são livres. As coisas acontecem, tudo parece bonito, e é feito de modo que se aproxima do jeito que normalmente é feito, e acho que faz parte do que deixa o filme engraçado. É o contexto que está sempre quebrando barreiras e você pensa: "Ai meu Deus... Por que isso está...?" Sabe? Acho que aí está a graça, na energia do filme, que toda hora chega a lugares que você não esperava, mesmo que pareça e você sinta como se fosse censura livre.

Hoje em dia o público tem respondido muito bem a comédias para maiores. Você sente que por causa disso você pode ir cada vez mais longe?

Eu acho que isso é parte da diversão, sabe? Eu sei que quando falo com Todd Phillips ou Judd Apatow estamos tentando brincar com os limites, com as barreiras, e isso é parte do que acreditamos, que as pessoas compram os ingressos para isso. Para ver esses limites. Você tem que ter bom gosto e classe no jeito que for fazer. Porque tem um jeito errado de fazer. Mas acho que temos um bom senso. O filme é muito sensível, então acho que temos um bom senso de como funciona.

Você tem que ter bom gosto quando você espirra merda no rosto de alguém.

Tem um jeito melhor de se fazer isso.

Tá certo, legal. Tem uma pequena homenagem a O Clube dos Cafajestes em uma cena. Essa é a minha comédia favorita de todos os tempos.

Minha também.

É, eu ia perguntar isso. Se é...

Eu acho que meu momento favorito em Penetras Bom de Bico foi quando me falaram que era o novo Clube dos Cafajestes, o que eu achei que era blasfêmia, mas foi muito legal ouvir. Mas tem uma pequena homenagem a Clube Dos Cafajestes, sim, porque esses filmes também quebraram barreiras na sua época. Acho que John Belushi só queria saber quão longe a plateia iria com ele. E foi isso que me empolgou ao ver o filme quando eu era criança.

Certo. É isso aí. Obrigado.

Obrigado, mande um oi pro Rio.

Eu Queria Ter a sua Vida (The Change-Up) é uma comédia de troca de corpos com Ryan Reynolds e Jason Bateman.

A história criada por Jon Lucas e Scott Moore, dupla que também escreveu Se Beber, Não Case, mostra um responsável pai de família (Bateman) que troca de corpo com seu melhor amigo, o preguiçoso e imaturo personagem de Reynolds, depois de uma bebedeira. Agora os dois precisam correr contra o tempo para reverter a situação antes que destruam as vidas um do outro.

A direção ficou com David Dobkin (Penetras bons de bico).

Eu Queria Ter a sua Vida já está em cartaz no Brasil.

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