O quarto filme da franquia Missão: Impossível, Protocolo Fantasma (Ghost Protocol), chega aos cinema no dia 21 de dezembro, mais uma vez estrelado por Tom Cruise e com Simon Pegg, Jeremy Renner e Paula Patton. Brad Bird, nome conhecido da animação (Up: Altas Aventuras, Os Incríveis, Ratatouille) dirige, colocando no currículo seu primeiro longa metragem live-action.
Nesta entrevista o diretor falou sobre as tecnologias usadas no filme, os créditos iniciais inspirados na série original de 1966 e sobre a transição de animação para live-action.
Confira:
Primeiramente, muito obrigado por me receber.
Com certeza.
Esse filme, essa franquia, é muito baseada na tecnologia. Como você se prepara para ter a próxima tecnologia? Como foi pesquisar isso?
Eu fui apresentado para um cara, que agora eu não lembro o nome, mas ele foi trazido até mim basicamente para contar sobre toda a tecnologia que está no limite de acontecer. Às vezes eram coisas que estavam prestes a existir e outras estavam a um ou dois anos de funcionar, mas parecia que estava perto. E muitas coisas não se aplicavam ao que usaríamos no filme mas poucas outras sim.E outras você olhava e dizia: "é uma boa ideia, só que não vou usar assim. Mas a ideia é legal". E então inventávamos algo totalmente novo. E está no filme. Mas sim, eles nos mostraram vários dispositivos mas alguns nós fizemos sozinhos.
Tem algum específico que você gostaria de ter?
Não sei, a e-screen é bem legal porque faz parecer que você está em um lugar onde não está. Mas eu também gosto das lentes na câmera dentro do olho. Eu acho que isso podia ser bem legal.
Eu imagino que você já respondeu várias perguntas sobre animação e live-action. Então vou tentar mudar um pouco. Quais cineastas você convidaria para fazer animação?
Não sei, essa é bem difícil. Eu acho que os melhores animadores sabem desenhar. Eu diria aos diretores de live-action que querem começar a trabalhar com animação: é mais fácil se souberem desenhar. Quando um animador quer saber o que você está imaginando, se você conseguir colocar para ele de um modo mais gráfico você encurta a discussão. É engraçado porque eu acho que muitas pessoas presumem que os estúdios têm medo dos animadores tomarem conta dos filmes live-action mas eles nunca pareceram nervosos quanto aos live-actions tomarem as animações. Eu queria um pouco de igualdade de medo. Eu quero igualdade. Quero que as pessoas não tenham mais ou menos medo... de irem para um lado ou para o outro.
Os créditos iniciais têm muitas cenas que serão mostradas ao longo do filme. Como você fez para não estragar nada e quem deu esta ideia?
Bom, foi minha ideia fazer aquela sequência dos créditos. Eu tinha uma versão um pouco mais elaborada que eu imaginei mesmo antes de termos começado a filmar. Nós filmaríamos tudo em IMAX. E filmaríamos ângulos alternativos das cenas que estavam no filme que seriam especificamente coreografadas para os créditos. Seria muito legal, mas a gente não teve muito tempo para planejar. A gente só conseguiu uns 8 planos com IMAX. E isso não é suficiente para uma sequência dos créditos. Então quando voltamos nós misturamos alguns desses takes em IMAX e então usamos outros e mudamos um pouco nosso conceito. Mas o conceito original de focar na série de TV original tendo um pavio passando enquanto cenas da história que vai acontecer estão na tela. E isso foi uma homenagem que eu queria fazer para o antigo show.
Tenho que encerrar, mas tem uma cena no final que o Tom Cruise fala com seus olhos. E isso me lembrou do Remy naquela cena na ponte em que ele só faz assim. Tem alguma relação com isso ou...
Essa foi uma daquelas coisas em que no dia a gente pegou o roteiro e tinha muita conversa sobre... "não, eu te mandei uma mensagem. Eu queria que você me encontrasse então mandei uma mensagem"... E então eu pensei: "esse cara não vai querer conversar muito depois de uma batida de carro, sabe?" Perguntei: "porque não vamos pescando algumas palavras?". Estávamos naquele ponto tentando fazer o mais limpo possível. Foi assim que aconteceu, mas não foi consciente.
Está certo, muito obrigado.
Obrigado você.
Na trama, quando um ataque terrorista destrói o Kremlin, o governo do EUA inicia secretamente o "Protocolo Fantasma", que acaba com toda a força-tarefa Missão: Impossível. Ethan Hunt (Tom Cruise) e sua equipe são considerados culpados pelo ataque, mas na verdade trata-se de uma operação para que eles possam operar fora das restrições de sua agência. No entanto, Hunt é alertado que, caso algum integrante de sua equipe seja capturado durante a missão, eles serão expostos como terroristas tentando incitar uma guerra nuclear global. Ethan então é forçado a trabalhar com um ex-agente da MI, Brandt (Jeremy Renner), que sabe mais sobre seu passado do que ele próprio.
Brad Bird dirige a nova aventura, escrita por Josh Applebaum e Andre Nemec (Alias, Life on Mars) a partir de uma ideia de Cruise e do produtor J.J. Abrams. No elenco, além de Cruise e Renner, estão Paula Patton, Simon Pegg, Ving Rhames,Josh Holloway, Vladimir Mashkov, Léa Seydoux, Michael Nyqvist e Anil Kapoor.
A estreia está marcada para 16 de dezembro.
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