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Tudo Pelo Poder | Omelete Entrevista Elenco

Assista a entrevista com Paul Giamatti, Evan Rachel Wood, Jeffrey Wright, Ryan Gosling e Max Minghella

23.12.2011, às 21H56.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 17H16

Entrevistamos o elenco de Tudo Pelo Poder (The Ides of March), novo filme de George Clooney.

Como você está hoje?

Paul Giamatti: Bem, cara.

Nós estávamos falando sobre cadeiras baixas e sua importância em junkets.

PG: É, ou no geral. Cadeiras baixas no geral. Eu me sinto infantilizado.

Eu também sinto que quando você se mexe...

PG: É precário, eu não gosto.

Estamos na mesma.

É.

Vou começar com as perguntas divertidas.

PG: Muito bem. Mas essa não foi... Ah, não era uma pergunta.

Era uma afirmação.

PG: Agora são perguntas de verdade.

Sim. Eu devo ter te perguntando isso na junket de... alguma coisa. E peço desculpas se já fiz. Qual é a sua música de karaokê favorita?

PG: Nossa, não acho que você já tenha me perguntado isso. Mas acho que seria... Eu gostaria de cantar "More Than a Feeling" ou algo assim.

Você consegue atingir essa nota?

PG: Você pode fazer isso no karaokê? Acho que sim.

Ah, com certeza.

PG: Mas fica bom?

Eu não sei se você canta bem, mas poderia.

PG: Eu devo cantar bem. Talvez não atinja aquelas notas aos 44 anos.

Bom, se alguém desse algum prêmio você talvez conseguiria.

PG: Eu conseguiria, me ajudaria um pouco. Mas eu adoraria tentar cantar essa música. Mas eu não vou muito a karaokês.

Eu acho que todos precisam ir mais. Qual foi o último videogame que você jogou?

PG: Ah, meu Deus. Que difícil... Eu joguei algum Star Wars LEGO com o meu filho.

Tenho certeza que foi divertido.

PG: Você conhece, né?

Sim.

PG: É, acho que foi esse.

Agora vou fazer uma pergunta séria. Como você se envolveu com o projeto? O George Clooney te chamou?

PG: Sim, ele veio até mim muito gentilmente e disse: "Tenho esse roteiro e gostaria muito que você fizesse". Eu disse sim antes mesmo ter lido, mas é claro que depois eu li e fiquei muito feliz que aceitei.

Evan Rachel Wood: O George veio até mim. Um dia recebi um telefonema, eu atendi e era o George Clooney. Foi loucura. Depois que superei o choque inicial ele me disse que queria que eu fizesse. Começamos a conversar e parecia que nos conhecíamos há anos. Ele é muito fácil de se lidar. Então nem pensei.

Ryan Gosling: Eu ouvi dizer que o George me queria no filme então acho que se o George Clooney te pede para estar no filme você vai e faz. Então eu fiz. Eu gostei do roteiro e achei interessante porque você não precisa entender de política para aproveitar o filme. Na verdade, ele não é um filme político. É um thriller em um contexto político.

Max Minghella: Eu fui até eles. O filme é baseado em uma peça que eu sou obcecado. Eu não sou muito fã de teatro, não costumo ir, mas eu vi essa peça e amei. O que é bem raro para mim. Eu vi quatro vezes. Eu era obcecado por ela. E aí descobri que iriam fazer um filme da peça. E várias tentativas de fazer o filme já haviam acontecido. Nunca tinha dado certo, mas tinha ouvido dizer que dessa vez iria para frente. Já tinha sinal verde. Então peguei uma cópia do roteiro, que gostei ainda mais do que da peça. E tinha essa pequena participação que não tinha ator ainda então peguei uma das falas, fui para casa e decorei. Fiquei repetindo loucamente durante uma semana. Provavelmente é o mais louco que fiquei para um teste. Então mandei para eles e fiquei inacreditavelmente aliviado e agradecido quando o George disse que eu poderia participar.

Que tipo de pesquisa você faz para seus papéis? E o que você fez para esse projeto em particular?

ERW: George deu muitas informações incríveis e recomendou muitos documentários que realmente mostravam os bastidores. E as viagens que a imprensa enfrenta com os candidatos, a campanha, os ônibus... É muito interessante. É um mundo que eu nunca tinha visto.

Você poderia falar sobre o processo de trabalhar com George e seu jeito de dirigir?

Jeffrey Wright: Bom, seu jeito de trabalhar é muito gentil, muito homogênio. Ele sabe exatamente quais são os parâmetros da história mas ao mesmo tempo ele te dá espaço para colaborar com ele e para poder se expressar. Ele é muito... Ele é um diretor muito fácil de se trabalhar. Fazíamos cenas inteiras em 45 minutos, sabe? Almoçávamos e continuávamos. Era fantástico.

Uma coisa ótima no filme é que ele não entrega tudo. Ele permite a audiência pensar. Você poderia falar sobre esse aspecto do filme?

PG: Bom, ele tem um aspecto de thriller. Essencialmente ele tem esse aspecto de thriller. Ele entretém, precisa continuar mudando. Tem suspense. Sabe? Acho que isso provavelmente ajuda. O roteiro em si foi escrito com um toque bem leve. É bem rápido, tem ritmo e é divertido. Coisas rápidas que precisam ser mostradas. Ela continua acontecendo. Você tem que pensar e acompanhar. Espero que você faça isso.

Fale um pouco sobre como você escolhe seus projetos futuros. Qual é o seu critério agora para o que você quer fazer?

RG: Eu gosto de trabalhar com os mesmos diretores com quem já trabalhei. Sabe, quero trabalhar com o Nick, o Nicolas Refn, de novo. Nós temos uns dois filmes planejados. E também com o Derek Cianfrance. Fizemos "Namorados Para Sempre" e acabamos de fazer um filme chamado "The Place Beyond the Pines". Eu gostaria de trabalhar mais com esses caras.

Eu adorei o seu filme com o Derek, "Namorados Para Sempre". Você já terminou o próximo?

RG: Sim.

Como foi o processo? Eu vi algumas fotos do set.

RG: Foi... O Derek é louco. Ele é muito... Nada é real o suficiente para ele. E eu roubo bancos no filme, então passei muito tempo fazendo isso. Bancos de verdade, com as pessoas de verdade que trabalham lá e tentando fazer de uma vez. Foi bem intenso.

Fale um pouco sobre seu personagem em "Rock of Ages".

PG: Eu faço... O Tom Cruise faz um metaleiro semidemente. Ele meio que está chegando na crise de sua carreira e eu faço seu agente. O que é bem divertido, foi muito legal fazer.

Você teve a oportunidade de cantar?

PG: Um pouco. Essas coisas são difíceis de cantar, é difícil atingir aquelas notas. E de cantar aquelas coisas... Eu tive que cantar Journey, cantei "Any Way You Want It" que foi mais fácil que a música do Whitesnake... Eu nunca lembro o nome da música.

"Here I Go Again".

PG: Sim! Obrigado. Por que eu nunca lembro?

Não sei.

PG: Aquela música foi difícil. Eu tive que atingir algumas notas bem altas.

Você trabalhou com o David Cronenberg.

PG: Sim.

Eu realmente quero saber sobre esse projeto.

PG: Eu me diverti muito nesse filme e eu gosto muito dele. Imagino que você também.

Eu gosto.

PG: Você parece um fã de Cronenberg.

Eu sou fã dele.

PG: Eu também. E "Cosmopolis" tem um roteiro muito bom. E Robert Pattinson interpreta um cara muito rico e é sobre um dia na vida dele. E eu interpreto um cara que segue ele, basicamente.

E quanto ao "John Dies at the End"?

PG: Esse é do Don Coscarelli, e é a última coisa que ele fez desde "Bubba Ho-Tep". Sim, ele está terminando o filme. Espero que vá para festivais de filmes e vamos mostrar por aí. E o que eu já vi é fantástico.

Quem você interpreta? Fale um pouco sobre isso.

PG: Sabe, eu ajudei a produzir em vários sentidos. É baseado neste livro bem cult, é difícil de descrever. É mais surtado que "Bill & Ted - Uma Aventura Fantástica". É ainda mais doido. Eu interpreto um repórter de uma revista tipo a Rolling Stone que tem um papel fundamental no final do filme.

Eu entendo. Minha última pergunta para você...

PG: Obrigado por entender.

Acredite, eu entendo.

PG: Obrigado.

O que você imagina para o futuro? Você já fez vários gêneros diferentes. O que você imagina no futuro...

PG: Eu gostaria de fazer mais gêneros. Eu gostaria de fazer um western ou algo assim. Eu gosto de coisas de gênero, então... Eu gostaria de fazer filmes de detetive. Eu faria. Gosto de fazer essas coisas que as pessoas não fazem mais. Eu gostaria de fazer mais coisas de gênero.

Tudo nesta indústria dá voltas. Daqui 10 anos vira moda de novo.

PG: É, verdade. É, espero.

Agora que você é produtor, precisamos que você produza...

PG: Estou tentando, estou tentando.

Eu tenho que encerrar, mas muito obrigado e de verdade, adoro seu trabalho e... Você sabe como me sinto.

PG: Sim, é sempre um prazer.

 

 

The Ides of March, adaptação para o cinema da peça Farragut North, é o novo filme com direção de George Clooney.

Clooney atua ao lado de Ryan Gosling e Philip Seymour Hoffman no filme que se passa em Des Moines, Iowa, algumas semanas antes do partido democrata escolher seu candidato para a concorrer à presidência dos Estados Unidos. A trama é centrada no jovem diretor de comunicação Stephen Myers (Gosling) e as trapaças do jogo da política em que ele precisa se meter para conseguir a indicação para seu candidato, o então governador Mike Morris (Clooney).

Paul Giamatti vive o diretor da campanha do candidato rival à indicação. Evan Rachel Wood faz uma estagiária da campanha que tem um caso com Myers, enquanto Marisa Tomei será uma jornalista investigativa. Max Minghella vive um jovem recém-saído da faculdade que trabalha para a campanha. Jeffrey Wright também está no elenco.

O filme já está nos cinemas.

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