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Um Lugar Qualquer - Omelete Entrevista Stephen Dorff

Ator do filme fala sobre trabalhar com Sofia Coppola, Guitar Hero e De Cabeça Pra Baixo

24.01.2011, às 23H17.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 16H46

Sofia Coppola, roteirista e diretora de Virgens Suicidas, Encontros e Desencontros e Maria Antonieta, está lançando seu quarto filme, Um Lugar Qualquer (Somewhere). O longa mostra a relação entre um ator de primeira linha que está se perdendo em uma vida de excessos, e sua filha de 11 anos. Nosso correspondente em Los Angeles, Steve Weintraub, editor do site parceiro Collider, falou com o protagonista Stephen Dorff sobre a filmagem, o roteiro, Guitar Hero e um antigo filme que ele fez, De Cabeça Pra Baixo.

Sei que você já falou bastante sobre Um Lugar Qualquer, mas queria falar de outra coisa. Uma vez eu trabalhei para um cara e pude ver a montagem original de De Cabeça Para Baixo (Entropy). Eu gostei muito daquele filme quando eu vi, mas não sei como ficou depois de pronto. Alguém já falou com você sobre isso?

Stephen Dorff: A garotada pelo mundo sempre comenta comigo sobre isso. Mas não tanto quanto sobre outros filmes, porque ele não teve tanta divulgação. Eu também gostei do filme, tem coisas bem legais nele. Robert De Niro produziu o filme... Foi a primeira vez que encontrei Bob. Eu gosto de trabalhar com Phil Joanou, adoro seus outros filmes como Um Tiro de Misericórdia e... foi estranho porque é um filme autobiográfico então pode ter atingido um lado mais pessoal do que um projeto hollywoodiano, por ser um diretor contando a própria história. Então, por alguma razão, o filme ficou esquecido. Mas eu achei muito único. O U2 estava no filme. E rodamos esse pequeno filme em oito países diferentes. Aquele filme ficou legal.

Eu concordo plenamente. Pulando para este filme, que você está incrível...

Obrigado.

Quando disseram que você iria tocar Guitar Hero, você teve que se esforçar para aprender a tocar?

Na verdade, a Activision mandou várias coisas, mas eu nunca tinha jogado Guitar Hero. Minha meia-irmã menor joga, então convidei o pessoal para vir em casa e me ensinar. Depois que eu aprendi eu meio que fiquei viciado naquilo porque eu toco guitarra. Mesmo que não tenha nada a ver, você sente como se estivesse tocando de verdade. Mas tivemos um problema, porque eu e a Elle ensaiamos essas músicas do Guitar Hero 3 ou 4, mas quando a Activision ficou sabendo que nosso fime só seria lançado no próximo ano eles decidiram nos dar um protótipo da nova versão do jogo, que infelizmente não tinha as músicas que tínhamos ensaiado antes. Então a gente chegou no set dizendo que estávamos ótimos em algumas músicas e então eles disseram: "A gente tem essas músicas para vocês escolherem". E todos nós fomos pegos de surpresa por isso. E a Sofia dizia: "Mas eu escolhi essa música do Jane's Addiction e não tem nesse?" E eles falavam: "Não, temos estas músicas para vocês escolherem." Foi ruim, um pouco estranho, mas tivemos tempo de ficarmos bons nessas novas músicas. Acho que tem Police que ouvimos e tocamos... Tem outras músicas também.

Isso me leva para o próximo assunto: Os filmes da Sofia têm seu próprio ritmo, sua própria energia. Quanto disso está no roteiro e quanto está no set?

Acho que o ritmo vem com a montagem, mas também está no roteiro. Como na cena em que eu fumo um cigarro e a câmera fica quatro minutos em mim sem mexer. No roteiro dizia apenas: "Johnny fuma um cigarro em completo tédio tentando descobrir o que fazer esta noite", ou alguma coisa assim. E era apenas uma linha no roteiro. Não dá para saber se a cena será de cinco ou dois minutos. Eu acho que é por isso que esse roteiro tende a ser menor que um roteiro normal. Tanto "Encontros e Desencontros" que tinha 60 e poucas páginas quanto "Um Lugar Qualquer" que tinha por volta de 48 páginas.

Estamos acostumados a trabalhar do jeito oposto, a maior parte dos roteiros são carregados, têm uma exposição maior, cheio de clichês que contam a história através de diálogos. Isso é uma escrita ruim. E Sofia faz o oposto, ela sabe que está digirindo o filme que quer fazer então ela subescreve, coloca as partes pontuais no roteiro deixando espaço para ser trabalhado. Acho melhor. Se eu fosse um diretor iria preferir o jeito da Sofia de dirigir porque é mais simples. Na ilha de edição a gente não cobre cenas, sempre filmamos o que estará no filme. E é isso aí.

Com certeza. Tenho que encerrar mas, de novo, você está ótimo e parabéns pelo filme.

Obrigado cara, eu agradeço.

Um Lugar Qualquer estreia nesta sexta, 28 de janeiro.

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