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Frankenstein – Entre Anjos e Demônios | Omelete Entrevista Kevin Grevioux

Roteirista fala sobre o início do projeto do longa

23.09.2013, às 16H08.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 17H21

Durante a Comic-Con 2013, conversamos com Kevin Grevioux sobre Frankenstein - Entre Anjos e Demônios (I, Frankenstein). Ele falou sobre o tema do filme, a HQ e o início do projeto.

 

"Frankenstein – Entre Anjos e Demônios" é mais pé no chão?

Kevin Grevioux: Não. Não. Eu gostaria de dizer que é. Claro que você não tem o monstro com parafusos no pescoço e cabeça achatada. Mas o que eu acho que tentamos fazer foi transformá-lo em um herói legal. Então, quando eu escrevi o roteiro original, meu trabalho era criar algo que não havia sido feito com a criatura ainda, ao menos em relação ao cinema. Mudar Frankenstein de um monstro inteligente, como nos romances de Mary Shelley, para algo que o público de cinema realmente gostasse do ponto de vista do gênero de ser essa força imortal da natureza. Você me entende. E eu achei que isso ia ser bem legal. Então, quando eu vendi o roteiro para a Lakeshore Entertainment, eles realmente amaram e falaram que havia muita coisa para fazer com esse personagem e que o mundo que eu criei era tão rico que dava para realmente se contar uma história dentro desse universo, por um bom tempo. E, espero conseguirmos fazer isso.

Você poderia falar um pouco sobre o início do projeto?

KG: Eu escrevi a primeira vez há muito tempo. Provavelmente em 2005. Na época, eu chamei o projeto de "Promethian", porque o subtítulo do romance da Mary Shelley era "Um Prometeu moderno". Então, eu pensei em pegar isso e fazer uma coisa bem legal, mas eu tinha outros projetos que eu estava tentando começar, então eu deixei esse projeto parado. Mas, aí, apareceu uma oportunidade com Patrick Tatopoulos. E eu falei para ele: "Eu tenho essa ótima ideia. Uma visão diferente de Frankenstein." E isso foi depois, claro, de "Anjos da Noite". Então, o que eu queria fazer depois de "Anjos da Noite" era pegar um outro monstro e fazer algo que não foi feito ainda. Eu fiz isso com "Anjos da Noite", com vampiros e lobisomens. Você sabe... Armar dos dois lados. Então, essa era uma chance de pegar outro monstro da área de ficção científica, e fazer a mesma coisa. Então, foi assim que eu tive a ideia e, depois, em 2009 eu escrevi o roteiro. Depois eu escrevi a HQ, fui do roteiro à HQ. E isso realmente me ajudou a construir o mundo, mesmo depois disso, com o meu roteiro depois das revisões. E se nós tivermos sorte suficiente para ter uma sequência, eu teria um lugar para ir criativamente.

É mais fácil demonstrar a ideia se você já tem uma HQ?

KG: Eu acho que é. Essa é a minha opinião pessoal. Mas eu acho que, como roteirista, você tem que fazer o seu nome, não como alguém que só faz tarefas dos outros. Você tem que ser criador da propriedade intelectual, um criador de mundos e você tem que saber fazer isso constantemente, frequentemente e bem. Claro que tudo isso é subjetivo. Mas se você gosta de um gênero em especial e se o projeto é apropriado, eu acho, para transformá-lo em uma HQ, então eu acho que você definitivamente tem que fazer isso, porque uma vez que você criou uma obra, aí você pode fazer o que você tem que fazer criativamente e expandir de um milhão de formas diferentes.

No que "Frankenstein – Entre Anjos e Demônios" é baseado?

KG: Da forma que eu olho para o projeto, eu diria basicamente, a "Bíblia", de alguma forma, porque é sobre o homem entendendo quem ele é, depois de ser criado por Deus e o que ele precisa fazer para conseguir, não só a admiração, mas a aprovação do seu pai. Então, como seres humanos, e é isso que tentamos fazer, como voltamos ao Todo Poderoso? O que podemos fazer para nos reconciliar com Ele? E eu acho que se você... Isso é de uma forma macroscópica. Agora olhando de uma forma microscópica, eu acho que podemos olhar para ele como a jornada que temos com os nossos pais. Tentando ganhar a aprovação dos nossos pais, essas coisas. E isso são os nossos pais. Então, eu acho que isso é algo que todos podem se identificar. Como você faz o seu pai gostar de você, se você sente que ele o abandonou? E, nós sentimos isso de formas bem diferentes. Em várias situação ou circunstâncias das nossas vidas. E é isso o que Adam Frankenstein tenta fazer. Ele é criado, seu pai o abandona, acho que ele é mau, nada de bom. "Eu estou bravo." Você se rebela. Você não se rebela da forma que Adam fez, mas você pode se rebelar ou agir de uma certa forma, então... É isso o que temos e eu acho que é o que vão se identificar.

 

 

 

 

Frankenstein – Entre Anjos e Demônios estreia 24 de janeiro nos cinemas.

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