Em entrevista a Pedro Caiado, as atrizes Elizabeth Banks, Julianne Moore, os atores Sam Clafin, Donald Sutherland e o diretor Francis Lawrence falam sobre a continuação de Jogos Vorazes e das diferenças em relação ao primeiro filme da franquia.
Você se inspira em algum de seus amigos ou conhecidos para interpretá-la?
Elizabeth Banks: Eu encontrei muita inspiração, obviamente, nos livros e eu penso muito sobre outros movimentos políticos e pessoas do lado errado deles. E eu ouvi dizer que você aceitou este papel por causa dos seus filhos.
Julianne Moore: Eu fui apresentada aos livros pelos meus filhos, porque eles leram os livros. Eu, inclusive, comprei "A Esperança" para meu filho quando ele era novo e dizia "aqui está o terceiro livro daquela série que você gosta!" E quando minha filha estava lendo, eu os li também.
Este é um Finnick diferente, nesse filme, especiamente porque ele não está sem camisa.
Sam Clafin: Sim, isso é verdade, ele não está sem camisa. Este é o Finnick verdadeiro, eu acho que ele é um ser humano muito sensível e vulnerável que acabou sendo machucado ao longo de sua vida e agora sua guarda abaixou. Ele está acabado. É a primeira vez que ele realmente está conseguindo se expressar e eu acho que a Katniss está passando por problemas similares ao mesmo tempo, os dois se entendem melhor do que no último filme.
Você vem falando sobre revolução e sobre este filme incentivar os jovens a realizar mudanças em seus países através de votações e democracia. Você acha que um filme tem o poder de mudar a ideologia das pessoas?
Donald Sutherland: Eu espero que sim, aconteceu duas vezes comigo em "A Batalha de Argel" e em "Glória Feita de Sangue". Os pensamentos foram mudados e a mudança foi um comprometimento com propósito e permanente. Minha esperança é que quando os jovens absorverem os quatro filmes, que são uma alegoria aos Estados Unidos, na hora que eles absorverem vai faltar um ano para as eleições no Estados Unidos, minha esperança é de que eles se organizem de alguma forma e alguém aproveite esta "bomba relógio" que está lá dentro deles e os leve à cabine de votação.
Eu me lembro da pré-estreia do último filme quando falei com você e com os fãs. E eles diziam "Nós gostamos do primeiro filme por causa da violência". Isso é algo muito louco, você não acha?
Francis Lawrence: É, eu acho que muitas pessoas gostam disso. Para mim esses filmes tem sido sobre as consequências da violência e assim como em qualquer outro filme que trabalhei, nunca me interessei pela parte violenta, para mim é sempre mais interessante solucionar o valor emocional das consequências.
Eu preciso lhe perguntar sobre Philip Seymour Hoffman. Ele filmou todas as cenas antes de falecer?
FL: Ele praticamente já tinha acabado.
E o que irá ser feito com as cenas que ele não gravou?
FL: Restaram duas cenas que ele não gravou, uma para a parte 1 e outra para a parte 2. Nós as reescrevemos e repassamos a outros personagens. Não iríamos usar nenhum truque ou efeito especial para criar um Philip Seymour Hoffman falso.
Ok. E como foi sua reação?
FL: Foi horrível, claro que fiquei surpreso, foi um choque e foi algo que nunca superamos, ele era um grande ator e amigo. Foi muito ruim.
Jennifer Lawrence, como é trabalhar com ela? Ela faz muitas piadas ou é focada?
FL: Não, ela não é muito focada. Mas ela é muito boa no que faz e quando você diz ação ela faz tudo de maneira incrível e mágica. Mas quando as camêras estão desligadas são muitas piadas.
Me parece que mais da metade do livro vai estar na parte 2, por que isso?
FL: Bom, acredito que nós encontramos um ponto em que não damos o fim do filme, encontramos um ponto em que sentimos duas histórias diferentes dentro do livro com questões dramáticas bem específicas, um verdadeiro começo, meio e fim. Então este filme trabalha com a promessa de que mais histórias estão por vir mas tem começo, meio e fim e assim será com o próximo.
Mais por vir. Obrigado.
FL: Sim. Obrigado.
Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1 estreou nos cinemas dia 19 de novembro.
