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Kick-Ass | Omelete Entrevista Mark Millar e John Romita Jr.

Criadores da HQ falam sobre suas inspirações

13.09.2013, às 17H10.
Atualizada em 05.10.2017, ÀS 01H42

Durante a Comic-Con 2013, conversamos com Mark Millar e John Romita Jr., roteirista e desenhista respectivamente da HQ, Kick-Ass. Eles falaram sobre o filme, a importância dos desenhos de John Romita Jr. e se Mancha Solar estará em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido.

 

Eu tenho que dizer: é uma grande honra conhecê-los.

Mark Millar: Obrigado.

John Romita Jr.: Obrigado.

É como conhecer a realeza dos quadrinhos.

JRJ: Muito obrigado. Você pode se curvar a qualquer momento.

MM: Eu serei o Príncipe William e você Kate Middleton.

Quão legal é ver o seu trabalho na tela grande?

JRJ: Basicamente, é a coisa mais lisonjeira que você pode imaginar e eu não consigo... Quando eu vejo acontecer, eu quero pular da minha cadeira e gritar, como um fã de futebol. Não dá para imaginar o sentimento. A parte esotérica disso não é importante para mim. Eu sou como um fã: "Uau! Esse é o meu trabalho!" Esse é o melhor sentimento do mundo!

MM: Eu gosto do fato de conseguirmos vê-lo de graça. Se eu for ver um filme, custa 15 dólares e esse eu consigo ver de graça. É incrível.

Como é receber esses roteiros? Você pensa: "O quê? Esse cara é louco!"?

JRJ: Não. Houve um pouco de choque no primeiro arco. Um pouco, mas eu sabia como ia ser quando eu entrei. Eu acho que a única coisa com que eu fiquei preocupado foi adaptar o meu estilo para esse tipo de violência. Mas não. Eu fiquei mais chocado quando trabalhei em "Wolverine" com ele, quado havia essas cenas gigantes, com um milhão de personagens. Com Kick-Ass, nunca me diverti tanto no meu trabalho em 37 anos.

Por que era tão importante ter John Romita Jr. desenhando a HQ?

MM: Eu já disse isso várias vezes, mas Johnny é o único que poderia desenhar esse livro. E muitas pessoas mentem e falam essas coisas, mas é verdade. Eu falei para ele: "Se você não pode fazer isso, eu vou esperar um ou dois anos, até que você consiga fazer." Em 2007, quando começamos a conversar. E ele falou: "Não, eu acho que tenho um tempo livre no fim do ano." Se Johnny não tivesse desenhado, ou não teria acontecido, ou teria acontecido mais tarde, porque ele consegue despertar algo em sua arte que outros não conseguem, especialmente artistas americanos. Artistas americanos tendem a ter um desenho limpo e Johnny tem uma sensibilidade europeia. Isso parece loucura, mas eu acho que é por causa de seu pai e avô imigrantes. Tem alguma coisa aí, sabe? Então, eu acho que há algo no sangue. Eu acho que parece um álbum europeu, quando você vê as coisas dele. Não parece com desenhos americanos.

JRJ: Eu concordo. Nós conseguimos distanciar da mesmice americana, eu concordo.

MM: E é isso que dá um clima real, porque se alguém tivesse desenhado com uma linha bem polida, eu acho que não teria funcionado, mas Johnny colocou um exagero suficiente, o que é muito bom para parecer real também. E é muito único. Eu não conseguiria alguém para imitá-lo, porque ninguém consegue.

Em que vocês se inspiram para imagens e ideias tão chocantes?

MM: Eu acho que é uma responsabilidade do escritor e do artista para expressar o que está na página, e ver o que vem depois. Simplesmente eram dois caras fumando um cigarro, ou algo assim. Isso é o que está na página. Então, a ideia sempre deveria ser: vamos ver algo que você nunca viu antes. Isso é a primeira coisa que eu penso quando ligo o computador: "Vamos ver algo que nunca vimos antes."

JRJ: Mas sempre quando ele faz uma cena que só duas pessoas fumando um cigarro, há uma tensão nessa cena que você sabe que algo está para acontecer. Isso que é um gênio de escrever histórias. Você tem que antecipar algo que está para vir, mas você dita um precedente antes e aí você continua com esses ótimos momentos frenéticos, que todos sabem que algo... "O que será que vai acontecer?" Especialmente com a Hit-Girl. Você sabe que algo louco irá acontecer. Isso é escrever e criar os personagens, você tem que antecipar. A narrativa, é o que fazemos naturalmente, mas nós colocamos um extremismo para a história, para a nossa fórmula normal e funcionou bem.

E  é verdade que Mancha Solar estará no novo X-Men?

MM: Eu, na verdade, assinei um contrato para não falar nada. Eu não posso falar nada.

JRJ: Um contrato de silêncio.

MM: Sim. Tudo o que posso dizer é que está incrível. Tudo o que eu vi está incrível. Meu envolvimento foi principalmente no início, quando Matthew Vaughn estava na pré-produção. Mas tudo que eu já vi está fantástico. Então, mesmo se o Mancha Solar não estiver, vale a pena ver o filme. Vale 10 dólares.

 

 

 

 

 

Kick-Ass 2 estreia 18 de outubro nos cinemas.

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