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No Limite do Amanhã | Omelete Entrevista Doug Liman

Diretor fala sobre jogos de tiro

02.06.2014, às 18H15.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 17H24

Em entrevista com Érico Borgo, Doug Liman, diretor de No Limite do Amanhã, fala sobre seus 20 anos de carreira, sua inspiração proveniente dos games e por quanto tempo Tom Cruise reviveu o mesmo dia.

 

Eu tenho que parabenizá-lo pela sua carreira. Você é diretor há 20 anos, completa esse ano, certo?

Doug Liman: Acredito que sim, não tinha pensado nisso, cheguei na marca dos 20 anos.

O que devemos esperar dos próximos 20 anos?

DL: Se você pensar de "Swingers" até "No Limite do Amanhã", espero que de alguma forma não mude muito. Eu me interesso muito em fazer filmes que sobrevivam. Sabe, "A Identidade Bourne" está sempre na TV, as pessoas estão sempre assistindo, eu me interesso em fazer filmes que não são só um espetáculo momentâneo que são legais no momento mas não te acrescentam nada. Então eu quero colaborar com atores como Tom Cruise e Emily Blunt para contar histórias e criar personagens que... Sim, ano que vem você vai assistir a "No Limite do Amanhã" e daqui a 10 anos pessoas vão mostrá-lo para seus filhos e, então, esse desejo de criar filmes que duram, não sei por que não teria isso nos próximos 20 anos.

Como um jogador de videogames assíduo eu sinto que "No Limite do Amanhã" é um dos melhores filmes a capturar a essência dos videogames devido aos continues e vidas ilimitados, mas sem checkpoints. Os videogames foram alguma referência, ou você pensou nisso?

DL: Claro que eu pensei em videogames quando fiz "No Limite do Amanhã", Também pensei em videogames ao fazer "A Identidade Bourne", sempre a ideia do jogo de tiro em primeira pessoa esteve por trás do estilo de "A Identidade Bourne". Então "No Limite do Amanhã" onde você repentinamente tem um personagem que pode avançar certas distâncias na batalha e quando morre é mandado de volta ao início é como qualquer jogo de tiro em primeira pessoa que você jogou, sem os checkpoints. Ele literalmente sempre é mandado de volta ao início, e essa frustração, todos que jogam games sentem o "ah, quase consegui mas agora preciso começar tudo de novo". Sabe, você obtém tanto a sabedoria de quase ter conseguido, mas também a frustração de "isso é impossível". E eu tentei acertar esse ponto chave nesse filme. Então as infinitas tentativas também são uma maldição porque você começa a entender o quão completamente impossível é o que o Tom Cruise precisa conseguir no final.

Eu lembro que os roteiristas de "Feitiço do Tempo" disseram que o Bill Murray passou 50 anos no dia. Você conversou com os escritores sobre quanto tempo o Tom Cruise passou revivendo o dia?

DL: Sim, Tom não passa tanto tempo quanto o Bill Murray em "Feitiço do Tempo", mas parte do aprendizado do Bill Murray são em habilidades como tocar piano que só essa habilidade já seriam 10 anos para aprender. A curva de aprendizado do Tom é mais rápida nesse filme mas ele sofre o mesmo desespero e no fim das contas eu não estava fazendo um filme sobre uma invasão alienígena, eu estava fazendo um filme sobre alguém que é forçado a repetir o dia até que ele acerte. E para mim esse é um lugar muito interessante para levar um ator, um personagem, e acho que isso é parte do que diferencia esse filme dos outros filmes que estão saindo nessa temporada tão cheia. O centro, sim, tem esse espetáculo enorme,  mas no fundo é uma história muito íntima, e uma colaboração entre Tom Cruise, Emily Blunt e eu como diretor que você normalmente não vê em Hollywood, vê em pequenos filmes independentes, não nos grandes. Então "No Limite do Amanha" é um daqueles raros filmes de Hollywood onde o humor e as pessoas são tão legais de se ver, eles realmente roubam o filme dos aliens.

Muito obrigado.

DL:  Obrigado.

Obrigado.


No Limite do Amanhã já está nos cinemas

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