Rhys Ifans, o Lagarto em O Epetacular Homem-Aranha, fala sobre os motivos que o levaram a se interessar pelo personagem, as inovações científicas que aparecem no filme, regenaração de membros do corpo e o resultado final.
Obrigado por falar comigo hoje. Eu estava curioso em como o Lagarto se diferenciava para você, quando comparado aos outros vilões de super-heróis?
Rhys Ifans: Bom, Dr. Connors... Curt Connors... é um cientista com ótimas intenções. A ciência que ele está desenvolvendo… Cruzamento de espécies, em particular, neste caso, com répteis, é potencialmente uma força para o bem. Permite, como acontece com os répteis,que humanos sem algum membro do corpo possam se regenerar. Os tipos de benefícios disso... são infinitos. Se você olhar para vítimas de minas terrestres e soldados que voltam da guerra toda semana sem um membro. Seria um grande esforço... para o bem. Mas Connors, como muitos cientistas anteriores a ele, com esta vontade de fazer a ciência avançar, "queima a largada". E dá errado.
Você acha que quando ele se torna o lagarto é uma questão do animal de dentro saindo, ou que o monstro é forçado nele?
RI: Não. Eu não acho que é o animal interior. Eu acho que tem mais a ver com o fato dele ter apenas um braço, da mesma forma que o Peter sente falta de seus pais. Esta é meio que sua busca... descobrir o que aconteceu com eles. E a missão de Connors é fazer crescer novamente este membro. Mas o que eu acho que ele não espera... É claro que ele espera as consequências físicas de regenerar um membro. Isso é lindo. Mas daí tem a mentalidade do réptil de sangue frio. Então, de muitas formas, é como... uma droga para ele. Como uma dessas drogas muito poderosas, tipo metanfetamina. E de certa forma ele fica com a força de dez homens. E alguma coisa acontece com o ego. Com o ego de réptil, que é incompatível com qualquer forma de humanidade.
Eu estava curioso em saber o que você achou do filme comparando com o que você imaginou quando leu o roteiro?
RI: Eu li o roteiro completo, com o Marc, bem no início. E nós concordávamos em fazer um filme que não fosse necessariamente mais obscuro, mas mais realista. E muito sobre o presente. E também algo um pouco fantástico, como o Homem-Aranha voando pelo o ar... usando uma substância que ainda não foi desenvolvida, mas a ciência, com certeza, está presente. E a ciência de cruzamento genético entre espécies é, com certeza, uma ciência bem real e tangível. Apenas não fizemos os avanços, ainda, que fazemos no filme. Então... Então, eu acho que Marc, com certeza, queria interpretar "Homem-Aranha" em um mundo que nós reconhecêssemos.
Bom, nós temos que terminar agora. Mas muito obrigado.
RI: Obrigado.
O Espetacular Homem-Aranha estreia nesta sexta, 6 de julho, nos cinemas do Brasil.
