Em entrevista com Lívia Vilela, Richard Armitage fala sobre sua preparação para O Hobbit - A Batalha dos Cinco Exércitos, a cena do duelo, sua experiência com teatro e o adeus à trilogia.
Como você se preparou para fazer Thorin e para toda essa jornada?
Richard Armitage: Sabe, acho que muito disso partiu do Peter Jackson. O primeiro filme tem uma leveza cômica aos poucos a escuridão cai porque ele está indo em direção à batalha dos cinco exércitos, que, quando você mostra uma guerra dessa maneira precisa haver gravidade, senão ela vira algo trivial. Então eu só segui o que o Peter falou em relação a esse caminho, esse arco do personagem, Mas está tudo lá na escrita de Tolkien. A coisa que virou um grande experimento entre eu e o Peter foi o nível em que Thorin sucumbe à Doença do Dragão e eu fiquei muito animado ao ver tudo finalmente realizado.
Quão difícil foi fazer a cena do duelo?
RA: Foi uma das coisas que pedi ao Peter no final é que eu queria fazer o máximo da cena de luta que eu pudesse sem trocar por um dublê. E ele me deixou fazer. E 98% do meu trabalho está no filme e tem o dublê de escala que também está lá. Eu realmente queria saber como era estar na pele do Thorin, mas tiveram momentos em que me arrependi de ter pedido, porque foi tão fisicamente exaustivo, ele realmente me forçou a ponto de eu cair de joelhos, mas acho que ele queria mostrar quão difícil foi na última parte da história.
Quanto a sua experiência com teatro te ajudou?
RA: Eu acho que certamente ter disciplina para trabalhar naquele nível. Quando você faz teatro precisa ter disciplina física, porque você não pode falar pra audiência "Me desculpe, estou cansado hoje. Você não vai ter o show inteiro." Sabe, todo mundo já pagou. Vocalmente, a habilidade de mudar minha voz e fazer o que queria com a de Thorin, mudá-la um pouco. O cenário imaginário que usamos no teatro... E também meu conhecimento sobre certos personagens shakespearianos que foram úteis para Thorin. Usei pedacinhos de Henrique V, Ricardo III e Macbeth, eles todos encaixaram no mesmo papel.
E quando você percebeu que era hora de dar adeus à trilogia? Como foi isso?
RA: Sabe, eu acho que com uma grande literatura, o que acontece é que você entra no livro e quando chega na última página só está escrito "fim", e é um momento, falando como leitor ávido, você fica meio mal, porque sente que não vai mais ficar com esses personagens de novo. Mas infelizmente precisa acabar, e precisamos amarrar a história, e esperamos que ele prenda as pessoas para que elas revisitem a primeira trilogia e talvez seja algo cíclico então, nunca termina de fato.
O Hobbit - A Batalha dos Cinco Exércitos já está nos cinemas
