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100 anos de Chuck Jones

Animador criou alguns dos maiores clássicos de Pernalonga, Patolino, Papa Léguas e muitos outros

21.09.2012, às 12H36.
Atualizada em 28.06.2018, ÀS 19H45

Charles Martin Jones, ou Chuck Jones, nasceu no dia 21 de setembro de 1912 e se tornou um dos nomes mais importantes da história da animação mundial. São dele clássicos estrelados por Pernalonga, Patolino, Papa Léguas, Frajola e Piu-Piu, o gambá Pepe Le Pew, além de trabalhos com Tom e Jerry e especiais para a TV, curtas e longa-metragens para o cinema.

Veja também uma Omelista com cinco clássicos do mestre:

Nascido na cidade de Spokane, no estado de Washington, Jones e seus irmãos cresceram em Hollywood. Foi lá que ele aprendeu a desenhar, usando lápis e blocos de papel das empresas de seu pai que não iam para frente.

Após estudar no Instituto de Arte de Chouinard (hoje conhecido como Instituto de Arte da Califórnia), Jones trabalhou nos estúdio de Ub Iwerks (o cocriador do Mickey Mouse) e Walter Lantz, (o criador do Pica-Pau). Mas em 1935, ele conseguiu um trabalho no estúdio que produzia as animações do Looney Tunes e Merri Melodies para a Warner Bros e lá trabalhou sob a direção de ninguém menos do que Tex Avery.

Foi nesta época que Jones achou o seu estilo próprio, deixando de lado o realismo de Walt Disney para criar animações com um traço mais estilizado. Ali ele encontrou também o seu tempo de comédia e começou a criar alguns de seus desenhos menos conhecidos, como Charlie Dog, Hubie and Bertie e The Three Bears.

Com a chegada da Segunda Guerra Mundial, Jones foi trabalhar ao lado de Theodor Geisel, o Dr. Seuss. Juntos, eles criaram a série do Soldado Snafu, que mostravam de forma bem humorada o que não deveria ser feito durante a guerra e falar sobre espionagem e o mal chamado nazismo. Foi nesta época também que ele fez uma animação utilizada na campanha presidencial de Franklyn Roosevelt.

No fim dos anos 1940 ele criou seus personagens mais conhecidos, Papa Léguas e o Coiote Coió, Marvin - O Marciano, Pepe Le Pew e Michigan J. Frog. O desenho do sapo cantor, aliás, é um ótimo exemplo da parceria de Jones com o roteirista Michael Maltese. Juntos eles fizeram ainda outras duas obras-primas da animação: Duck Amuck e What's Opera Doc, já durante a década de 1950, considerada por muitos os anos de ouro da animação.

Outro trabalho conjunto dos dois é Rabbit Fire, que mudou para sempre a personalidade do Patolino. Até então, ele era meio desengonçado, o alívio cômico da turma, mas com Rabbit Fire ele se tornou o egomaníaco que conhecemos hoje em dia.

Em 1953, quando o departamento de animação da Warner foi encerrado, Jones trabalhou por um tempo na Disney e participou na animação do clásico A Bela Adormecida, mas logo voltou para Warner junto com a sua equipe.

Após o estúdio fechar de vez o braço de animação, em 1963, Jones decidiu abrir seu próprio negócio e formou a Sib Tower 12 Productions, que logo foi incorporada pela MGM. Na casa nova, eles foram responsáveis por criar novos capítulos para a eterna guerra entre Tom e Jerry, além de adaptar para a TV as animações feitas originalmente para o cinema, redesenhando alguns elementos para uma nova sociedade e trocando a velha negra de meias arriadas que cuidava da casa por uma irlandesa.

É desta época também o curta-metragem animado The Dot and The Line: A Romance in Lower Mathematics, que ganhou o Oscar de sua categoria.

Após o fim do departamento de animação da MGM, Jones criou os especiais para a TV baseados nas obras de Dr. Seuss, How the Grinch Stole Christmas e Horton Hears a Who!, em 1966 e 1970. Mas o seu principal esforço desta época era o longa-metragem The Phantom Tollbooth, que misturava atores com desenhos animados e marcou a última desventura da MGM no mundo da animação.

Mais uma vez sem estúdio, o criador abriu a Chuck Jones Productions, que produziu a série The Curiosity Shop para a ABC, a adaptação do livro The Cricket in Times Square e seu trabalho mais conhecido desta época: as adaptações dos livros de Rudyard Kipling, Os Irmãos de Mogli, The White Seal e Rickki-Tikki-Tave.

Em 1976, Jones voltou a trabalhar com a Warner Bros, em novos desenhos do Pernalonga, Patolino e Papa Léguas. Também desta época é o seu trabalho como cartunista com a tira Crawford, compilado em 2011 pela editora IDW.

Entre os anos 80 e 90 Jones passou a trabalhar mais como consultor de animação, fazendo também alguns desenhos sob encomenda para a empresa de sua filha, Linda Jones.

Seus trabalhos mais conhecidos deste período são a animação do Pernalonga e Patolino que aparece em Gremlins 2 e a abertura de Uma Babá Quase Perfeita (Mrs. Doubtfire).

Em 60 anos de carreira Chuck Jones fez mais de 300 desenhos animados, ganhou três Oscars e ainda um prêmio da Academia pelo conjunto de sua obra e outro de membro vitalício do Sindicato dos Diretores.

Chuck Jones morreu em 22/02/2002, aos 89 anos, mas seus personagens e suas animações continuam até hoje derrubando bigornas nas cabeças das pessoas.

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