Em uma entrevista exclusiva, o Omelete conversou com Piper Kerman, autora do livro, Danielle Brooks e Jason Biggs, sobre o nova série da Netflix, Orange is The New Black. Ele falaram sobre a adaptação, a forma Netflix de filmar e qual objeto levariam para a prisão.
Qual a diferença entre a série e o livro?
Piper Kerman: A série de TV "Orange is The New Black" é uma adaptação do meu livro, então, fizeram poucas mudanças do livro para a série. Por exemplo, Piper Chapman, a personagem interpretada por Taylor Schilling... A história dela é bem diferente da minha vida real, que é contada no livro. O mesmo crime faz ela ir para a prisão, que me fez ir para a prisão, mas uma vez que ela está dentro da prisão, Piper Chapman faz escolhas muito diferentes e comete grandes erros, que eu fico feliz de dizer que eu não fiz. Mas essas coisas são fascinantes de assistir. Outra coisa que é bem diferente na adaptação para televisão... em oposição ao livro, é que nós temos a oportunidade de aprender muito sobre os outros personagens. Então, há esse grupo incrível de mulheres, que são prisioneiras, mas nós aprendemos sobre as suas histórias, nós aprendemos via flashback como suas vidas eram antes de irem para a prisão.
Como é filmar no "modelo Netflix"?
Danielle Brooks: É quase como filmar um filme de 13 horas. Você pode simplesmente ir e... Para mim, sendo uma das novatas daqui, tem sido ótimo não ter que filmar uma semana e depois esperar duas ou três semanas para voltar à personagem. Mas eu pude realmente desenvolver a personagem em um... De sete a oito meses. Então, foi muito legal, como uma artista, ter uma jornada que seja consistente. Então, tem sido incrível.
Jason Biggs: Sim, é... Eu amo a ideia de ser um filme de 13 horas, porque é verdade. Para nós, como atores, é ótimo ver a série assim, realmente é. É... Definitivamente ajuda todo o nosso processo e a energia no set, mas também para o público. Eu acho que é uma coisa importante. Eu acho que realmente pode ser visto como um filme de 13 horas, mas você ainda pode ver aos poucos. Você pode dividir. Você pode dar uma pausa. Você pode assistir no seu próprio ritmo. Mas há o que dizer por poder investir em uma temporada inteira, em uma... Em um personagem... Em uma história... No arco inteiro de um personagem, durante uma temporada, de uma vez e não ter que esperar. É uma coisa muito legal.
Você gostou do trabalho do Taylor Schilling como Piper Chapman?
PK: Eu acho que Taylor faz um trabalho incrível... como Piper Chapman e... quando eu vi ela atuando no primeiro episódio, eu me senti empolgada e aliviada. Eu me senti: "Ela será ótima".
Como foi interpretar um papel com tantos flashbacks?
JB: Foi um pequeno desafio, francamente. Porque nós também não sabíamos como ia terminar a temporada. Tenho certeza que os roteiristas e Jenji Kohan, claro, já tinham alguma ideia... do que viria a frente. Mas foi um processo interessante para mim, porque você meio que começa aqui, achando algumas coisas sobre o relacionamento do seu personagem... e depois revelações acontecem com o decorrer da história, então você tinha que trazer isso para o personagem. Foi empolgante aprender sobre o meu personagem no decorrer da série e... eu acho que os flashbacks são ótimos instrumentos, não só para o meu personagem... mas para todos os personagens, você pode ver essas janelas incríveis para o mundo dessas personagens, antes de irem para prisão, que são através de flashbacks e é... É uma ótima ferramenta e parece orgânica à série.
O que podemos esperar para a segunda temporada?
PK: Eu não sei exatamente o que podemos esperar. Nós estamos trabalhando nela agora. Mas eu acho que podemos esperar alguns desses personagens vão para lugares e direções que talvez as pessoas não esperem que elas vão.
O que vocês levariam para a prisão?
JB: Uma boneca inflável.
DB: Eu sempre digo: "Um homem heterossexual... e um pouco de chocolate." Eu ficarei bem.
Orange is The New Black já está disponível na Netflix.
