Em entrevista com Marcelo Hessel, James McAvoy e Patrick Stewart, de X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido, falam sobre calvície no futuro, atuarem juntos, passar a tocha e faraós.
Primeiramente, muito obrigado por estarem aqui.
James McAvoy: Eu que agradeço.
Eles salvam o mundo no final mas você ainda perde seu cabelo no futuro...
JM: Aparentemente sim. O futuro não está mais escrito, agora ele é um fluxo então pode haver alguma intervenção, mas não, eu acho que definitivamente... eu quero isso. Eu achei que ia acontecer nesse filme mas não estava no script.
Patrick Stewart: Como falávamos antes. Posso mencionar algo que... Quando eu fui escalado para fazer o Capitão Picard em Jornada nas Estrelas, na primeira coletiva de imprensa Gene Roddenberry, criador da série, foi perguntado "certamente no século 24 haverá um padrão para a calvície masculina, sabe, haverá uma cura para o padrão de calvície. Então por que escalar um ator careca para o papel? E o Gene falou "No século 24 ninguém vai ligar".
É isso mesmo.
PS: Foi uma bela resposta, não foi?
Nesse filme vocês têm uma cena juntos, era o seu primeiro dia nas filmagens, certo?
JM: Certo.
Como foi, você estava nervoso?
JM: Sim, eu estava. Eu tive que emular ao mesmo tempo que desviava da performance do Patrick. Foi meio que tentar chegar num ponto em que o público acreditasse que fosse a mesma pessoa ao mesmo tempo que é completamente diferente porque são momentos drasticamente diferentes na vida dele. Foi uma tarefa grande e tinha muito a ser feito, além de ter sido o meu primeiro dia e ter entrado nesse grupo de atores, essa companhia, esses X-Men. Eu estava entrando nos X-Men, entende o que digo? É um grande negócio, eles são tão inclusivos e compreensivos, sou muito grato.
E quem faz a melhor imitação. Você do Sir Patrick ou o Michael Fassbender do Ian McKellen?
PS: Os dois são muito bons.
JM: Acho que a minha imitação do Ian é melhor do que a do Michael, na verdade.
Nesse filme parece que você está passando a tocha para a nova geração. Então, você sente que quer voltar ou agora o trabalho é do James?
PS: A tocha foi passada e é isso, está tudo acabado.
JM: Você precisa voltar. Nós podemos voltar e passar a tocha de novo. Volte, tá, vamos ficar juntos.
PS: Na verdade, possivelmente está ficando mais legal agora do que nunca. Agora que temos essa mistura de eras, gerações e, vamos ser honestos, um elenco sensacional.
E quando você voltar será com um contrato por filme ou para mais filmes?
JM: Eu tenho um contrato para três filmes dos quais fiz dois.
O Bryan Singer falou que o próximo filme, "X-Men: Apocalipse", é mais como um filme de desastre. O que podemos esperar do Professor X no futuro? Nesse próximo filme.
PS: Eu não sei onde entraríamos nessa.
JM: Não faço ideia.
PS: Eu sempre quis fazer um faraó.
JM: Legal.
PS: Nossa, isso soou muito bem, né? Sabe, eu esperava uma reação mais positiva.
JM: Eu estarei lá e serei o primeiro na fila.
PS: Porque cabeças carecas eram bem populares no Egito naqueles dias.
JM: Eram mesmo?
PS: Sim, estava na moda.
Acho que Ramsés era careca.
PS: Ramsés era careca, sim.
JM: Gordon Ramsés, claro.
Então, Patrick. Você tem algum momento favorito dos filmes em todos esses anos?
PS: Eu gosto do momento em que o Wolverine acorda nesse filme. Tenho que tomar muito cuidado com o que falo porque se trata de detalhes da trama que não quero que o público saiba. E existe uma certa música tocando, quando ele acorda, que ouvimos anteriormente no filme. Eu amo aquele momento, porque sentado com os espectadores duas noites atrás todos entenderam, e o que entregou isso a eles foi a música que foi tocada.
Muito obrigado pelo tempo de vocês.
JM: Obrigado, cara. Felicidades.
X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido estreia 22 de maio nos cinemas