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Across the Universe

Musical com canções dos Beatles mostra a história de amor entre Jude e Lucy

06.12.2007, às 16H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H30
Algumas das melhores idéias são aquelas que eram óbvias, mas ninguém tinha pensado (ou realizado) antes. Por isso é tão difícil acreditar como ninguém tinha feito ainda um filme como Across the Universe

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(2007), que usa apenas, única e exclusivamente músicas dos Beatles para contar uma história de amor. Sorte a nossa que o projeto ficou nas talentosas mãos de Julie Taymor , premiada por seus trabalhos em Frida e na adaptação de O Rei Leão para a Broadway.

Por ter vivido os anos 60 como recém-adolescente e visto seus irmãos mais velhos passando pela juventude em meio à guerra do Vietnã, faculdade, drogas e o movimento hippie, ela consegue recriar fatos e momentos marcantes daquela movimentada década como pano de fundo para o relacionamento vivido por um rapaz de Liverpool chamado Jude (Jim Sturgess) e uma jovem estadunidense de nome Lucy (Evan Rachel Wood).

O inglês chega ao novo continente em uma busca pessoal de autoconhecimento e um pouco de aventura. Logo de cara, no campus da famosa Universidade de Princeton, conhece Max (Joe Anderson), irmão de Lucy. A amizade entre os dois rapazes é imediata, tal qual a cumplicidade entre John e Paul. Morando em Nova York, eles conhecem a cantora Sadie (Dana Fuchs), o músico Jo-Jo (Martin Luther McCoy) e Prudence (T.V. Carpio), fechando assim o grupo de personagens principais à trama. Como em um espetáculo musical, cada um tem ao menos um momento solo garantido, entoando uma canção do quarteto de Liverpool. Letras não são modificadas, mas melodias e o momento pelo qual os personagens passam podem dar novos entendimentos aos clássicos do Fab Four.

Assim como os discos gravados nos estúdios Abbey Road, cada uma das 33 músicas escolhidas se encaixam perfeitamente, e ajudam a contar a história e os dramas vividos pelos pesonagens. Porém, como as músicas são executadas da primeira à última nota, a duração de Across the Universe acaba demasiadamente longa, problema que todo beatlemaníaco vai ter de aturar em respeito ao legado da banda - assim como já fazem há mais de 30 anos com Yoko Ono. Algumas cenas da fase psicodélica poderiam ter ficado de fora, assim como a personagem Prudence, que claramente só está ali para que "Dear Prudence" seja cantada. O momento é tão belo quanto a canção, mas em nada altera a trama central e por isso poderia facilmente ter ficado na sala de edição, deixando ali apenas a referência para quem é fã do quarteto, ao lado da irmã de Lucy e Max, que se chama Julia, ou a maçã cortada por Jude, alusão ao selo musical Apple, fundado pelos Beatles em 1968.

Com participações especiais de Bono (como hippie Dr. Robert cantando "I am The Walrus"), Joe Cocker (triplo papel de um cafetão, mendigo e hippie emprestando sua voz rouca para "Come Together"), Salma Hayek (dançando "Happiness is a Warm Gun" vestida de enfermeira) e do comediante Eddie Izzard (o apresentador do circo em "Being For the Benefit of Mr. Kite!"), Taymor consegue ganhar também a atenção de outros públicos. Não que precisasse, afinal, "love is all you (we) need".

P.S. Levando em consideração toda a importância que as letras das músicas têm na história, a distribuidora brasileira deveria ter legendado também as canções dos Beatles.

Assista a clipes do filme

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