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Rollerball | Crítica

A refilmagem cria certa ambiguidade

26.09.2002, às 00H00.
Atualizada em 01.11.2016, ÀS 16H36

O diretor John McTiernan responde por alguns dos melhores filmes de ação dos anos 80, como O Predador (Predator, 1987), Duro de matar (Die hard, 1988) e Caçada ao Outubro Vermelho (The hunt for the Red October, 1990). Todavia, depois de Duro de Matar: a Vingança (Die hard: with a vengeance, de 1995), o diretor não conseguiu mais os mesmos índices de bilheteria. Tentou com Thomas Crown, a arte do crime (The Thomas Crown affair, 1999), a refilmagem de um filme de Norman Jewison, de 1968, mas o resultado também não fui muito notável.

Agora, inspirado em outro filme de Jewison, Os Gladiadores do Futuro (Rollerball), uma ficção-científica cult de 1975, McTiernan produz o remake da vez. E, ao que parece, não será agora que o diretor retornará aos bons tempos. Depois de vários adiamentos nos EUA, o novo Rollerball estreou em fevereiro de 2002 - e não arrecadou nem metade dos US$ 70 milhões do seu orçamento. No Brasil, depois também de várias patinadas, o filme finalmente chega ao cartaz.

Chris Klein substitui James Caan no papel de Jonathan Cross, o astro máximo da competição, uma mistura de basquete, hóquei e esportes radicais. Ao lado de Marcus (o rapper L.L. Cool J.) e de Aurora (Rebecca Romjin-Stamos, a Mística de X-Men), seus parceiros de equipe, Cross luta pela vitória - e também para sair vivo de cada disputa. Mas quando Alexi Petrovich (Jean Reno, conceituado ator francês, de Rios Vermelhos), o criador do "Rollerball", decide reformular regras, tornar o jogo ainda mais letal, em nome dos índices de audiência, os atletas se rebelam.

À primeira vista, fica fácil entender o sucesso do original e todas as gozações que recaem sobre o remake. Em 1975 o "Rollerball" servia como questionamento social, uma crítica ao escapismo do entretenimento e ao domínio das corporações. No filme de McTiernan, a ênfase nas cenas de ação deixa de lado qualquer inteligência que possa ter existido. Para conquistar o público jovem, afinado com os X-Games, McTiernan reforça a violência do esporte. Fica um resultado divertidamente ambíguo, já que Jewison procurava justamente se opôr a esse tipo de artifício.

Nota do Crítico
Regular
Rollerball
Rollerball
Rollerball
Rollerball

Ano: 2001

País: EUA

Classificação: 14 anos

Duração: 98 min

Direção: Norman Jewison

Roteiro: William Harrison

Elenco: James Caan, John Houseman, Maud Adams, John Beck, Moses Gunn, Pamela Hensley, Barbara Trentham, John Normington, Shane Rimmer, Burt Kwouk, Nancy Bleier, Richard LeParmentier, Robert Ito, Ralph Richardson

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