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Roubando Vidas | Crítica

<i>Roubando vidas</i>

08.04.2004, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H16

Roubando vidas
Taking Lives

EUA/Canadá, 2004
Suspense - 103 min.

Direção: D. J. Caruso
Roteiro: Michael Pye/Jon Bokenkamp

Elenco: Angelina Jolie, Ethan Hawke, Kiefer Sutherland, Gena Rowlands, Olivier Martinez, Tchéky Karyo, Jean-Hugues Anglade, Paul Dano

Roubando vidas (Taking lives) começa bem. A seqüência inicial tem uma fotografia meio granulada, dando a impressão de que é um filme que não está tão preocupado em ser limpinho, mas sim em causar as impressões certas no espectador. As duas primeiras músicas - as ótimas Bad, do U2 e Should I stay or should I go, do Clash - se encaixam muito bem no contexto e a cena termina com um inesperado desfecho.

Pronto, se você chegou atrasado, perdeu a única coisa boa da fita. Daquele ponto em diante, as reviravoltas deixam de parecer naturais, para se tornarem exemplos de clichês estudados e testados no público. O que poderia ser uma receita de sucesso em uma comédia romântica, por exemplo, é um pecado mortal para um thriller.

Em sua primeira cena, Angelina Jolie surge deitada na cova onde estava a última vítima do serial killer que ela investiga. A câmera mostra bem como ela é bela, cobrindo-a de baixo a cima, até chegar nos seus indefectíveis lábios carnudos. E no filme inteiro isso é praticamente tudo o que ela consegue ser: linda. Sua atuação é rasa como uma piscina Regan e não convence nem o vilão da história, que faz dela gato e sapato. Uma das coisas que mais atrapalha é ouvir sua respiração ofegante quando ela está sozinha, prestes a levar um daqueles sustos que você vê chegando a um kilômetro de distância.

Baseado no livro homônimo escrito por Michael Pye, toda a ação se passa em Montreal, cidade canadense onde o francês é a língua vigente. A agente do FBI Illeana Scott (Jolie) é convidada pelo chefe da polícia local, Hugo Leclair (Tcheky Karyo), pois seus métodos não convencionais podem ser úteis a desvendar o caso de cadáveres desconfigurados e de impossível identificação. Apesar de ser uma convidada, ela não encontra hospitalidade nem nos seus colegas locais, que a olham com desconfiança.

Como ela é americana, digo, bem treinada, vai matando a charada aos poucos, montando o perfil de seu inimigo. Seu rastro de sangue vai longe. Há vários anos ele mata pessoas solitárias e toma seus lugares, suas vidas. Daí o título Roubando vidas. A pista mais quente que eles têm é o marchand James Costa (Ethan Hawke), que ajudou a impedir a morte de mais uma vítima do assassino serial e pode ajudá-los a identificá-lo.

Falar mais sobre a história poderia estragar as mudanças de rumo ou delatar antes da hora a identidade do assassino. Mas não se preocupe, você vai ficar sabendo bem antes dos detetives.

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