Filmes

Crítica

Superbad - É hoje

Judd Apatow e sua gangue estão de volta em divertida comédia adolescente

18.10.2007, às 13H00.
Atualizada em 19.04.2020, ÀS 15H35

Este foi o ano em que Judd Apatow se concretizou como certeza de boas risadas nas telas. Produtor, roteirista, diretor, enfim, mente por trás de filmes como O Âncora, O Virgem de 40 Anos, Ricky Bobby - A Toda Velocidade e As Loucuras de Dick & Jane dirigiu recentemente Ligeiramente Grávidos e tem trazido para os cinemas um frescor para as comédias como há muito não se via. Personagens e situações caricaturalmente engraçadas, bons diálogos e pitadas de drama parecem ser sua fórmula do sucesso.

O mais recente projeto com a sua assinatura é Superbad - É hoje (Superbad, 2007), uma espécia de A Vingança dos Nerds (1984) deste início de século - com todas as críticas e elogios que a comparação traz na sua garupa. Assim como a comédia que animou muitas tardes de VHS nos anos 80, o novo projeto produzido por Apatow tende a agradar muito mais os "meninos" do que as "meninas", pelo seu teor machista, ancorado em piadas sobre genitálias e a grande busca na vida de qualquer garoto adolescente: uma noite de sexo.

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Algumas pessoas podem julgar o filme demasiadamente estadunidense, fora da nossa realidade. Ledo engano. A busca incessante por birita e o sonho da noitada ao lado daquela gatinha que você cobiçou o ano inteiro são apenas uma desculpa para falar da amizade de dois amigos prestes a se separar com a formatura do colegial e início de faculdades diferente.

Jonah Hill e Michael Cera interpretam respectivamente o gordinho e o CDF inseparáveis, que vivem zoando um com a cara do outro e sofrendo nas mãos dos fortões da escola. Completa o trio Christopher Mintz-Plasse, no papel de Foggel, o nerd-master que consegue uma identidade falsa com o nome McLovin. Cera e Mintz-Plasse entram assim na gangue que sempre trabalha com Apatow, da qual Hill já é praticamente um veterano e que ainda tem Seth Rogen (co-roteirista do filme) e Bill Hadder, que fazem os papéis de dois policiais que só querem curtir a vida.

Esta recorrência no elenco (ou deveria dizer "nas amizades"?) dá aos seus filmes um trunfo: um bom entrosamento entre os atores, algo primordial para filmes de baixou orçamento. E não entenda o contracheque baixo como falta de qualidade. Com boas idéias e um time coeso, Apatow e sua turma estão muito acima da média das outras tortas americanas que circulam por aí apelando e fazendo covers de si mesmos.

Nota do Crítico
Bom
Superbad - É Hoje
Superbad
Superbad - É Hoje
Superbad

Ano: 2007

País: EUA

Classificação: 14 anos

Duração: 114 min

Onde assistir:
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