Geekidz | Minions: graça ou desgraça?

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Geekidz | Minions: graça ou desgraça?

O que podemos aprender e ensinar com os personagens amarelos e fofinhos que muitos amam e outros tantos odeiam

30.07.2015, às 18H51.
Atualizada em 18.04.2020, ÀS 16H04

Existe alguma criança hoje na Terra que não conheça os Minions? Em apenas cinco anos, estes personagens que mal sabem falar acabaram com o monopólio amarelo dos Simpsons e hoje são verdadeiras máquinas de fazer dinheiro - de preferência verde como os dólares. 

Para quem chegou de Plutão ontem, duas explicações: 1. Plutão não é mais considerado um planeta; 2. Os Minions saíram da animação de estreia da Illumination Entertainment, Meu Malvado Favorito (2010), em que eram recurso de alívio cômico e agora ganharam um filme solo, Minions (2015). Filme, aliás, que está quebrando recordes ao redor do mundo e soma até o momento 760 milhões de dólares arrecadados mundialmente em apenas 20 dias. 

Além disso, os Minions já são parte de uma atração nos parques de diversões da Universal e podem ser facilmente vistos nas mãos, mochilas e roupas de pessoas ao redor do globo, sejam elas crianças ou adultos. Sim, estamos vivendo uma minionmania e ninguém pode negar. 

O que isso tem a ver com as crianças e os nerds? Tudo! O que eu queria alertar nesta coluna é que precisamos tomar muito cuidado com as coisas que são muito fofas e que nós gostamos - pois isso sempre passa para os pequenos e, convenhamos, é muito mais difícil dizer “não" para algo que você já tinha uma predisposição em comprar para si mesmo e ainda pode usar uma criança como álibi perfeito. 

O consumismo infantil é um problema.  

E estou dizendo isso sabendo que estou longe de ser o melhor exemplo. Às vezes acabo caindo na tentação de comprar coisas para os meus filhos que eles não estavam precisando naquele momento apenas porque eles pediram com olhos de Gato de Botas ou porque é legal. Foi assim no dia que fui até a Forbidden Planet com o Theo e ele saiu de lá com uma lata de cards Pokémon com a qual ele quase não brinca. Depois, passado um tempo, pesa a consciência e me lembro de quando eu era pequeno e só ganhava presentes no meu aniversário, dia das crianças e Natal. 

Onde foi que tudo desandou? Cadê a educação que ganhei dos meus pais? Bom, acho que não joguei tudo no lixo. Quando viajamos ou entramos em uma loja muito legal, temos uma regra: estabelecemos um limite (baixo) para as crianças gastarem. Assim podemos conhecer o lugar, passear e sair de lá com uma lembrança daquele dia. É também uma forma de dar um pouco de educação financeira, ensinar o valor das coisas e tudo mais. 

Mas não é fácil passar batido às predileções das crianças. Por isso, uma outra forma de ensinar sem ser chato é criar “placares”. Seu filho está com problema para arrumar a sala antes de dormir, tomar banho antes da janta ou parar de brigar com a irmã? Estabeleça um objetivo junto com ele: cada dia que você fizer isso ou aquilo ganha um ponto. Quando juntar X pontos você vai poder ganhar aquele presente. Ele trabalhou para ganhar aquilo, vai dar mais valor e você ainda pode cobrá-lo, pois vocês dois sabem que ele é capaz de cumprir o combinado.   

Dar presentes é muito legal, mas precisamos tomar cuidado para não mimarmos as crianças ou deixá-las mal acostumadas. 

P.S. Agora, se você odeia os Minions com toda a sua força e não aguenta mais coraçãozinho com a mão ou todos aqueles “own” que os Minions recebem quando aparecem em uma tela, propaganda ou produto, saiba que você não está sozinho. Vingue-se nas bizarrices da galeria abaixo: 

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