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Cine Holliúdy 2: A Chibata Sideral flerta com a estética sci-fi dos anos 1970 e 80; veja fotos

Em filmagem até o fim de fevereiro, sequência fala da transformação de salas de cinema em igrejas

06.02.2017, às 17H55.
Atualizada em 06.02.2017, ÀS 22H07

Fenômeno regional mais popular do cinema brasileiro contemporâneo, com uma bilheteria de meio milhão de pagantes levantada à força do engajamento dos cinéfilos de Fortaleza e seus arredores, Cine Holliúdy (2013) vai ganhar uma parte dois, já em filmagem, sob a direção de Halder Gomes, com temperos de ficção científica e elementos dos seriados sci-fi clássicos. Ambientada na década de 1980, a sequência ganhou o subtítulo de A Chibata Sideral e fala de mais uma tentativa do exibidor Francisgleydisson (Edmilson Filho) de continuar vivendo de cinema, sustentando sua mulher e filho com a projeção de filmes de artes marciais. Nomes como Samantha SchmutzMilhem CortazChico Diaz Gorete Milagres fazem participações na continuação, ainda sem data de estreia confirmada.

Depois de perder a batalha para a chegada das TVs, Francisgleydisson perde também seu ponto, onde ficava sua salinha exibidora, para a sede de uma igreja. Inspirado nos seriados e filmes sci-fi dos anos 1970 e 80, também influenciado pelos recorrentes casos ufológicos no Ceará, ele decide fazer um filme de gênero”, explica Gomes, que em 2016 emplacou o sucesso O Shaolin do Sertão, visto por 621 mil pagantes.

Gomes diz que este projeto de RS$ 6 milhões, em filmagem até o dia 26 de fevereiro, compõe, involuntariamente, uma trilogia com seus longas anteriores.“Este filme, que tenta falar do meu mundo numa linguagem acessível ao público em geral, é um exercício de metalinguagem que fecha um ciclo. Cine Holliúdy 1 fala da batalha dos cinemas de interior pra se manterem vivos na luta contra a novidade da TV. O Shaolin do Sertão fala dos aficionados por filmes de artes marciais órfãos desses cinemas: pessoas que vêem na novidade do VHS uma nova janela para verem seus ídolos. Já Cine Holliúdy 2 fala da inquietação de realizadores do interior, que, mesmo sem recursos, fazem filmes e formam suas plateias no seu micro-cosmos de existência”, explica o diretor.

Gomes encara Cine Hollioúdy 2: A Chibata Sideral como seu maior desafio como realizador: “É um filme de complexa execução, seja pela sua história fantástica, pelo uso de efeitos visuais, pela presença de cenas de luta, pela metalinguagem, pela necessidade de filmagem de quatro semanas de noturnas, pela necessidade de direção de arte de época, para recriar os anos 1980. Tá ficando do kharáy! Jeitão de clássico”.

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