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Feito na América | "Tom Cruise pilotou aviões de verdade durante o filme", garante diretor

Longa estreia 31 de agosto

05.06.2017, às 13H04.
Atualizada em 05.06.2017, ÀS 15H33

Historicamente, Tom Cruise tem o costume de realizar as próprias cenas de ação. Em todos os filmes da franquia Missão: Impossível, no inédito A Múmia e na maioria de suas produções o ator sempre procurou filmar sem dublês. Isso é um dos principais fatores de seus filmes e encantou o diretor Doug Liman, que esteve com ele em No Limite do Amanhã e volta a trabalhar com ele em Feito na América.

O ator interpreta o piloto Barry Seal, que durante os anos 80 ao mesmo tempo traficava armas para CIA e drogas para o Cartel de Medellín controlado por Pablo Escobar. Piloto experiente e com licença para voar desde meados dos anos 90, Cruise é dono de cinco jatos privados e aproveitou para colocar seu conhecimento em prática, voando em algumas cenas fundamentais para o filme e, assim, tentou passar mais realismo para o longa.

“Tom realmente pilotou os aviões durante a produção. Ele não acredita em CGI, por isso que as cenas de ação nos filmes dele são tão visuais e espetaculares. Ele sempre está comprometido a realizar as cenas de verdade e consegue os recursos para fazer isso”, afirma Doug Liman em entrevista ao Omelete.

Para aumentar a imersão do espectador na história, a produção decidiu filmar os principais momentos de Barry Seal na Colômbia, na cidade de Medelín. Graças a isso, Liman entrou em contato com diversos pilotos que chegaram a trabalhar com Pablo Escobar e inclusive voaram com Seal no auge do Cartel durante a década de 80. Com liberdade para incluir cenas aéreas que não estavam no roteiro, os pilotos encheram a cabeça do cineasta de ideias.

Uma delas pode ser conferida no primeiro trailer do filme, quando Seal “aterrissa” seu avião em um bairro repleto de pequenas casas. Segundo o diretor, essa cena nasceu de conversas com pilotos locais e ele precisou incluí-la em seu filme. “Voávamos sobre a Colômbia em aviões pequenos e eu sempre estava conversando e conhecendo pilotos locais. Quase todas as vezes que voltava desses voos tinha uma nova ideia para uma cena de ação. Chegou a um ponto onde os produtores falaram: ‘por favor, não converse mais com nenhum outro piloto, pois não podemos pagar nenhuma outra cena de ação’”, completa.

O diretor garante que conseguiu filmar algumas cenas aéreas espetaculares e, somente assim, foi possível retratar o mundo arriscado vivido por Barry Seal – que não se importava se estava carregando armas para CIA ou se estava levando drogas para o Cartel. Para ele, apenas importava o quão pesado seu avião estava para levantar voo. “Os aviões eram tratados como dispensáveis. Pense nos diferentes tipos de locais que você pode pousar quando não precisa se preocupar em decolar de novo. Quando não se importa com o que acontece com o avião. Quando você intencionalmente ‘bate’ o avião. Isso era parte de sua vida, era parte de seu trabalho”, explica.

Por fim, Liman diz que não pretende mostrar Seal como um vilão, mas sim como um homem que é o resultado de seu “ambiente de trabalho” e perdeu qualquer senso de realidade. “Quero que as pessoas torçam por ele e vejam o mundo como ele via. É libertador enxergar o mundo de uma maneira onde as regras não se aplicam a você”, finaliza.  

Confira agora o primeiro trailer legendado do filme, que estreia dia 31 de agosto no Brasil: 

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