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Festival de Brasília | Com uma história de amor e tolerância, Pendular sai aplaudido do evento

Estreia em circuito acontece esta semana

18.09.2017, às 09H37.
Atualizada em 18.09.2017, ÀS 10H01

Com estreia em circuito marcada para quinta-feira (21), Pendular - vencedor do Prêmio da Crítica no Festival de Berlim, em fevereiro - passou por uma espécie de teste de adesão ao gosto popular brasileiro, neste domingo (17), no Distrito Federal, e tirou nota máxima, vide os calorosos aplausos ao fim de sua projeção.

Dirigida por Julia Murat, a história de amor (e tolerância) entre uma dançarina e um artista plástico foi a atração de domingo, na disputa pelo Candango de melhor filme, no Festival de Brasília nº 50, que encerra sua programação no dia 24. Ainda ressaqueado pelo impacto moral provocado pelo longa-metragem Vazante (exibido no sábado (16), quando rachou opiniões e inflamou protestos da comunidade negra, ao falar de escravidão), o coração político do país bombeou com ânimo as reflexões sobre afeto e estética trazido por Murat, com o apoio do elenco central: Raquel Karro e Rodrigo Bolzan. Ambos têm boas chances de sair do DF com troféus de atuação.

“Meu filme fala de encontro e de conflito: o encontro do movimento com o peso material e o encontro de duas pessoas; o conflito entre peso e movimento, o conflito entre duas pessoas”, diz a diretora ao Omelete.

No filme, um casal de artistas – ela ligada à dança; ele, a formas de escultura – ocupa um galpão abandonado e faz dele o lar para suas criações e para seu romance. Mas as intransigências da vida a dois e da crítica acaba acossando ambos. Destaque para o desempenho de Márcio Vito no papel de um amigo jornalista dos protagonistas, especializado em artes plásticas.

Nesta segunda (18), o festival recebe um concorrente da Bahia ao Candango: Café Com Canela, de Glenda Nicário e Ary Rosa. Entre os curtas exibidos, o mineiro Nada é o mais cotado a prêmios, com sua abordagem bem-humorada (e crítica) sobre as posições de uma jovem negra acerca de seu futuro escolar e profissional. Mas causou boa impressão – sobretudo por sua montagem – a produção LGBT carioca Inocentes, de Douglas Soares, sobre um fotógrafo mítico do nu masculino: Alair Gomes

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