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Oscar 2016 | Conheça os indicados nas categorias de Som

Entenda as categorias e os profissionais envolvidos

Omelete
16 min de leitura
23.02.2016, às 12H14.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H46

Oscar se aproxima (veja a lista completa de indicados) e preparamos um especial para conhecer todos os indicados, categoria por categoria, passando agora para o Som.

MELHOR EDIÇÃO DE SOM

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A categoria existe desde 1963 e já apareceu com diversos nomes: Melhores Efeitos Sonoros, Melhor Edição de Efeitos Sonoros e Melhor Edição de Som. Consiste na criação de todos os elementos sonoros do filme (menos a trilha), incluindo efeitos sonoros e diálogos gravados no set. O prêmio é geralmente recebido pelo Editor de Som Supervisor, que pode ser acompanhado pelos Designers de Som.

Sicario: Terra de Ninguém

Alan Robert Murray é o Editor de Som Supervisor do filme de Denis Villeneuve e divide a indicação com o Editor de Efeitos Sonoros Bub Asman. Essa é a oitava indicação da dupla, que já levou duas estatuetas por seus trabalhos com Clint Eastwood - Sniper Americano, no ano passado, e Cartas de Iwo Jima. Segundo Murray, que já trabalhara com Villeneuve em Os Suspeitos, o maior desafio foi criar sons específicos para as armas de cada personagem do filme. Para retratar a raiva e a violência do personagem de Benicio Del Toro, por exemplo, a equipe adicionou elementos ao som comum de uma arma com silenciador. Assim, o som sintetizado de uma armadilha de urso foi adicionado ao som do mecanismo da arma. "Outra pessoa teria usado apenas um som comum de silenciador e pronto, mas é uma forma de acentuar o estado de espírito ou o foco da cena sem ser óbvio", explica Murray (via Deadline). Leia a crítica e assista ao trailer do filme.

Mad Max: Estrada da Fúria

A indicação é dividida entre Mark A. Mangini, o Editor de Som Supervisor, e David White, o Designer de Som. É a quarta indicação de Mangini (também lembrado por O Quinto Elemento, Aladdin e Jornada nas Estrelas IV - A Volta para Casa) e a primeira de White. "Nosso trabalho é fazer parecer que tudo é muito natural - como se tudo tivesse acontecido na frente da câmera com alguém segurando um microfone - mas nada poderia estar mais longe da verdade", explica Mangini (via Deadline), que acrescentou sons de baleia ao som motorizado do War Rig em uma tradução quase literal da perseguição de Immortan Joe ao caminhão como a do Capitão Ahab a Moby Dick. Nas cenas em que os War Boys perfuram o tanque, criando um vazamento de leite materno, foram usados os mesmos sons dos espiráculos de baleias ao jorrar água. Leia crítica e assista ao trailer do filme.

Perdido em Marte

Oliver Tarney é Editor de Som Supervisor e Designer de Som do filme de Ridley Scott. É a sua segunda indicação ao Oscar (a primeira sendo por Capitão Phillips). Segundo Tarney, Scott queria que Marte parecesse um monstro implacável e impiedoso. "Trabalhamos sempre conscientes dessa presença elemental perturbadora, pronta para lembrar Watney [o personagem de Matt Damon] que qualquer erro poderia ser catastrófico", explica (via LA Times). Assim, os sons do exterior da base foram criados usando subwoofers dentro de armários de arquivo, com grandes oscilações de baixa frequência para resultar em uma alta vibração, como se o sistema de suporte a vida estivesse pulsando o tempo todo. Rangidos e chiados foram acrescentados ao longo do filme, pois a base é usada por mais tempo do que o previsto. "Queríamos a sensação de que está começando a falhar. Isso amplifica a urgência, de como Watney precisa encontrar uma solução". Tarney também observa que os sons dos equipamentos da NASA precisavam ser crus, sem qualquer tipo de harmonia ou luxo, já que os equipamentos da agência espacial priorizam funcionalidade no lugar da forma. Leia a crítica e assista ao trailer do filme.

O Regresso

Martín Hernández e Lon Bender dividem os créditos como Editores de Som Supervisores e Designers de Som do filme de Alejandro González Iñárritu. É a segunda indicação de Hernández (sendo a primeira por Birdman) e a quarta de Bender (que foi premiado por Coração Valente). Segundo Hernández (via NYT), que trabalha com Iñárritu desde que os dois faziam trabalhos como DJ, a ideia do diretor era passar profundidade: "A câmera pode passar por uma árvore caída. Uma árvore caída não faz nenhum som, mas acrescentamos uma ressonância, uma frequência, algo que faria você sentir que esse objeto tem um peso". Para Bender (via Post Magazine), o maior desafio foi capturar todos os sons da natureza necessários, com horas dedicadas à captura do som de pegadas na neve e do vento, por exemplo, para traduzir a "aspereza e beleza do ambiente". Para criar os sons do famoso urso, a equipe contou com o veterano Randy Thom, indicado a Melhor Mixagem de Som, que usou a gravação de um cavalo doente, com problemas de respiração, para mostrar o desespero do animal do filme. Leia a crítica e assista ao trailer do filme.

Star Wars - O Despertar da Força

Matthew Wood e David Acord, veteranos da LucasFilm, são os Editores de Som Supervisores do filme. É a terceira indicação de Wood (também lembrado por WALL·E e Sangue Negro) e a primeira de Acord. Entre os frutos do trabalho da equipe estão a "voz" de BB-8, que usou como base diálogos gravados pelos atores Bill Hader e Ben Schwartz. Segundo Wood (via LA Times), J.J. Abrams queria que o som do droide tivesse personalidade, assim como R2-D2, sendo reconhecido mesmo quando estivesse fora de quadro. Também foram criados os sons da Força de Kylo Ren, que usa como base uma versão modificada do ronronar do gato de Acord, e da Força de Rey, que ganhou o ritmo da batida de um coração. Leia a crítica e assista ao trailer do filme.

MELHOR MIXAGEM DE SOM

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Se a Edição de Som é como a composição de uma sinfonia, a Mixagem de Som é como um maestro, que busca o equilíbrio entre música, diálogo, efeitos sonoros e outros elementos. A categoria existe desde 1929 e quem recebe o prêmio são os "sound mixers de produção" (que gravam os sons no set e mixam para referência e montagem) e os "re-recording mixers" (que mixam o material captado no set com o material criado na pós-produção, chegando ao formato definitivo do filme).

Ponte dos Espiões

Andy Nelson (re-recording mixer), Gary Rydstrom (re-recording mixer), Drew Kunin (sound mixer) são os profissionais indicados na categoria. Nelson, também indicado pela mixagem de som de Star Wars: O Despertar da Força, já foi premiado duas vezes (Os Miseráveis e O Resgate do Soldado Ryan), totalizando 20 indicações ao prêmio. Rydstrom tem 7 estatuetas, tendo vencido nas categorias de Mixagem e Edição de Som por O Resgate do Soldado Ryan, Jurassic Park e o O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final e Edição de Som por Titanic. Menos "experiente" do trio, Kunin está na sua segunda indicação (a primeira sendo por As Aventuras de Pi). O desafio do filme, explica Nelson (via THR), foi adicionar sons cotidianos para criar tensão, como na cena de abertura, quando os agentes do FBI perseguem o seu suspeito. Foram combinados sons de diversos diálogos entre pessoas, o barulho do metrô, a agitação de todos indo para o trabalho, portas se abrindo, os anúncios da estação, sem trilha sonora. Na cena da construção do muro de Berlim, conta Rydstrom, a equipe deu preferência às vozes das pessoas em torno do muro, ao invés de priorizar os sons de construção, com barulho de motores, caminhões e tijolos sendo colocados um por um. Leia a crítica e assista ao trailer do filme.

Mad Max: Estrada da Fúria

Chris Jenkins (re-recording mixer), Gregg Rudloff (re-recording mixer) e Ben Osmo (sound mixer de produção) são os indicados na categoria. Jenkins já levou duas estatuetas por Edição de Som (O Último dos Moicanos e Entre Dois Amores), assim como Rudloff (que levou por Matrix e Tempo de Glória). Osmo é o "novato" com a sua primeira indicação ao Oscar. Apesar da presença do sound mixer de produção no set, 95 % da mixagem do filme precisou ser resolvida na pós-produção, já que a ideia inicial de George Miller era não trabalhar com diálogos. "Tratamos Mad Max quase como um filme animado, o que tem as suas vantagens e desvantagens", conta Jenkins, revelando que a sutileza da atuação de Charlize Theron foi conquistada no estúdio, com a editora de diálogo Kira Roessler trabalhando na respiração da atriz, algo que normalmente se capta no set. Os enquadramentos da fotografia de John Seale, explica Jenkins, permitiram que o som refletisse o visual do filme, com as falas de Furiosa e Max centralizadas e os diálogos dos personagens secundários sendo direcionados.

Perdido em Marte

Paul Massey (re-recording mixer), Mark Taylor (re-recording mixer) e Mac Ruth (sound mixer de produção) são os profissionais indicados na categoria. Massey acumula 7 indicações ao Oscar, Taylor está na sua segunda indicação (sendo a primeira por Capitão Phillips) e Ruth é o estreante com sua primeira indicação. "Quando mixamos, não estamos tentando separar tudo em diferentes grupos - diálogo, efeitos, música -, mas perceber que o público está ouvindo tudo como uma trilha sonora única, então precisamos descobrir como essa trilha sonora única deve trabalhar para a história", explica Massey sobre o trabalho (via BTL News), que envolveu dar o som correto aos diálogos expressos dentro de capacetes ou por comunicadores/gravações, exaltar a respiração do personagem de Matt Damon, sozinho em uma situação limite, além de trabalhar corretamente efeitos sonoros no espaço com a trilha sonora criada pelo compositor Harry Gregson-Williams.

O Regresso

Jon Taylor (re-recording mixer), Frank A. Montaño (re-recording mixer), Randy Thom (re-recording mixer) e Chris Duesterdiek (sound mixer de produção) são os profissionais indicados na categoria. Taylor está na sua terceira indicação, Montaño acumula 8 indicações, Thom venceu 2 vezes (por Os Incríveis e Os Eleitos - Onde o Futuro Começa) e Duesterdiek está na sua primeira indicação. Segundo Thom, a lição aprendida pelos personagens de Leonardo DiCaprio e Tom Hardy também serve para os profissionais de som do filme, que podem se sentir tentados a criar e manipular sons ao invés de aprender a combinar sons naturais. "Precisamos ser humildes para observar a mágica dos sons que nos envolvem e usá-los", explica (via Soundworks Collection), deixando claro que a natureza foi tratada como um personagem no filme, criando uma atmosfera com diversas camadas de som que por vezes se misturam a trilha sonora.

Star Wars - O Despertar da Força

Andy Nelson (re-recording mixer), Christopher Scarabosio (re-recording mixer) e Stuart Wilson (sound mixer de produção) são os profissionais indicados na categoria. Nelson, também indicado pela mixagem de som de Ponte dos Espiões, já foi premiado duas vezes (Os Miseráveis e O Resgate do Soldado Ryan), totalizando 20 indicações ao prêmio. Scarabosio está na sua segunda indicação (sendo a primeira pela Edição de Som de Sangue Negro) e Wilson acumula 3 indicações (sendo lembrado também por Skyfall e Cavalo de Guerra). Para Nelson (via THR), o grande desafio do trabalho era se manter fiel aos filmes originais e ao mesmo tempo atualizar a franquia. Além disso, explica, era preciso evitar o exagero para não cansar o público devido a quantidade de coisas acontecendo em cena. A equipe também trabalhou para tornar claros os diálogos de Kylo Ren por trás da máscara (usando dois microfones no set, um no capacete e outro no peito de Adam Driver, e depois regravando trechos), além de trabalhar na dramaticidade da cena chave entre Han Solo e Kylo Ren: "Queríamos criar uma intimidade entre eles, mas era uma área barulhenta. Queria chegar a sensação que reduzimos todos os sons ambientes até ser apenas uma cena entre pai e filho, mas isso precisa ser feito de forma imperceptível. John Williams compôs a música que entra pela metade da cena, gentilmente. Havia tensão, mas nada de desiquilíbrio. Cenas sutis são muito mais difíceis de fazer do que cenas com muita ação".

MELHOR TRILHA SONORA

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O prêmio é entregue pela Academia desde a década de 30 aos compositores responsáveis por criar trilhas sonoras originais. Nos primeiros anos, porém, o prêmio era entregue para o chefe do departamento de música dos estúdios e não para o compositor.

Carol

Apesar de ser um veterano - tendo assinado as trilhas de 16 filmes dos irmãos Coen, além de trabalhos com David O. Russell, Spike Jonze, Charlie Kaufman, e Sidney Lumet - essa é a primeira indicação de Carter Burwell. O compositor explica que seu trabalho começou na primeira cena: "É uma escolha estranha, vendo agora, pois nenhuma das personagens principais aparece naquele momento. Ao mesmo tempo, senti que era importante que o que for que eu fizesse para o longa funcionasse ali. Sugeriria algo sobre a sensação do filme e aqueles personagens que você ainda não conheceu. Essa era a minha meta". Pelo vapor saindo dos bueiros da primeira cena, Burwell determinou que clarinetes e fagotes marcariam a melodia e cordas o ritmo da trilha. "Por que isso? Não sei dizer". Leia a crítica e assista ao trailer, e ouça a trilha do filme:

 

Os 8 Odiados

É a sexta indicação de Ennio Morricone, que chegou a receber um Oscar honorário em 2007 depois de acumular mais de 500 créditos como compositor ao longo da carreira. "Quentin Tarantino considera esse filme um western; para mim não é um western, é um filme de aventura. Queria fazer algo que fosse completamente diferente de qualquer música de western que eu compus no passado", explicou o maestro (via Rolling Stone) responsável pelos temas de Três Homens em Conflito e outros clássicos. Presença constante nos trabalhos de Tarantino, Morricone primeiro recusou fazer a trilha de Os 8 Odiados, assim como o havia feito quando foi convidado pelo diretor para criar as composições de Bastardos Inglórios (para Django Livre o compositor aceitou criar uma música). Foi depois de uma visita de Tarantino e de uma leitura do roteiro com sua esposa que Morricone decidiu aceitar o trabalho, impressionado pela sequência inicial - a diligência, os personagens que se encontram por acaso, a mulher que vai ser enforcada, a carta de Abraham Lincoln - e a violência do longa. Com pouco tempo para o trabalho, Morricone criou um tema principal para o filme, o ritmo que embala o crescendo de violência, além de entregar composições nunca usadas criadas para O Enigma de Outro Mundo, de John Carpenter. Leia a crítica, assista ao trailer e ouça a trilha do filme:

 

Sicario: Terra de Ninguém

É a segunda indicação (e consecutiva) do islandês Jóhann Jóhannsson ao Oscar - a primeira veio no ano passado com A Teoria de Tudo. Em seu segundo trabalho com o diretor Denis Villeneuve, Jóhannsson explica que o método do cineasta pemite a criação de uma trilha sonora orgânica e experimental, já que o compositor começa seu envolvimento com o filme ainda na pré-produção. A cena que definiu o tom do trabalho, explica (via Noisey), foi a aérea do deserto e da fronteira, quando o comboio se aproxima de Juarez: "Queria criar música que tivesse uma tensão implícita e uma sensação se estar vindo debaixo da terra, como um pulso latejante que ressoa do subsolo ou o forte batimento cardíaco de um animal selvagem que se corre em sua direção. Também queria evocar a tristeza e a melancolia da fronteira, as cercas da fronteira e a tragédia da guerra das drogas". Ouça a trilha do filme:

Ponte dos Espiões

É a 13ª indicação de Thomas Newman, que entrou no projeto com uma grande responsabilidade: substituir John Williams, colaborador constante de Steven Spielberg desde Tubarão, que passava por problemas de saúde. Coincidentemente, seu pai, Alfred Newman, chefe do departamento de música da Fox por 20 anos e o maior vencedor da categoria de Melhor Trilha Sonora com 9 estatuetas, foi quem deu as primeiras oportunidades para um então jovem jazzista John Williams. Usando o piano como base da sua trilha, Newman conta (via NPR) que foi um pouco intimidador apresentar o seu trabalho para Spielberg: "Você senta com ele em uma sala e stá tocando algo, o trecho de uma música. E você confia em como ele reage. Então eu apenas tentava conseguir essas sensações evocadas nele. Os instintos dele são muito certeiros. Foi muito claro, mas não doutrinário, nunca foi nem um pouco dogmático. Acredito que ele esteja interessado em chegar ao coração criativo de todos que trabalham com ele". Ouça a trilha do filme:

Star Wars - O Despertar da Força

"Foi como visitar um velho amigo", conta John Williams sobre o seu retorno a Star Wars. Recordista de indicações ao Oscar, com 45 nomeações, e vencedor 5 vezes (por Um Violinista no Telhado, Tubarão, Star Wars, E.T. - O Extraterrestre e A Lista de Schindler), Williams conta que se sentiu muito feliz em poder continuar a trabalhar no glossário de temas da franquia, revisitando os primeiros filmes e as conexões da história para apresentar novos personagens como Rey, que ganhou um tom aventureiro, "que promete mais, em uma conclusão triunfante" - "quando a conhecemos ela está por baixo, sem os seus pais, senti muita empatia por aquela garota e acho que o tema de Rey ilustra isso". O vilão Kylo Ren, explica Williams, foi abordado como uma essência de Darth Vader, mas sem se aproximar demais do personagem, ainda que a ideia fosse resumir o mal em algumas notas como na Marcha Imperial. Ouça a trilha do filme:

 

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

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Presente desde a 7ª edição do Oscar, o prêmio de Melhor Canção Original é entregue aos compositores de uma música criada especialmente para um filme. Os indicados são escolhidos pelos membros da Academia que são compositores e o vencedor é determinado por todos.

Cinquenta Tons de Cinza

"Earned It", criada pelo cantor nascido na internet The Weeknd para a trilha sonora da franquia sadomasoquista ligth (indicada também a 6 Framboesas de Ouro) ganhou o gosto do público, chegando ao topo das paradas antes de levar a indicação ao Oscar. Belly, Jason "DaHeala" Quenneville e Stephan Moccio também estão indicados pela canção. Ouça:

Racing Extinction

A canção "Manta Ray" marca a segunda indicação de J. Ralph (nomeado também por Chasing Ice) e a primeira de Antony Hegarty. A inspiração (via Billboard) para a composição-tema do documentário sobre ativismo ecológico foi o vídeo de um pássaro em extinção: "Ele canta para uma fêmea que não virá. (...) Era incrivelmente angustiante ver esse pássaro cantando sem saber que é o último da sua espécie. Naquele momento soube que a melodia da música deveria ser quase uma resposta a esse canto". Ouça "Manta Ray":

Juventude

É a primeira indicação ao Oscar do compositor David Lang, que tem a sua "Simple Song #3" interpretada pela soprano coreana Sumi Jo. A canção representa uma das composições do próprio protagonista do filme de Paolo Sorrentino (um compositor clássico no final da sua carreira), sendo uma constante no filme. Ouça "Simple Song #3":

 

007 Contra Spectre

Sam Smith e James Napier dividem os créditos pela canção-tema do último filme de James Bond. "Writing's On The Wall" chegou ao topo das paradas no Reino Unido, apesar de não ter sido unanimidade entre os críticos (que a consideraram pouco 007). Smith, conhecido pelas composições pessoais, garante que criou a letra pensando em James Bond. Apesar do tom emocional, o cantor conta que o diretor Sam Mendes deu as coordenadas para que 007 não parecesse vulnerável demais na canção. Ouça:

The Hunting Ground

A indicação de "Til It Happens To You" chegou envolvida por polêmicas depois de alegações de que Lady Gaga pouco teria contribuído na composição da veterana Diane Warren (indicada 8 vezes na categoria). Warren esclareceu a situação, dizendo que Gaga foi responsável por tornar a música épica. "Ela tomou a canção para si e levou para um outro nível, mudando os arranjos e cantando para c*ralho". Segundo Gaga, as duas conversaram sobre como fazer com que a canção que trata de abuso chegasse ao maior número de pessoas e a compositora a ajudou a se sentir confortável com a sua própria experiência para colocar a emoção certa na música, que termina em um tom de raiva. Ouça:

 

A cerimônia do Oscar 2016 acontecerá em 28 de fevereiro, com apresentação de Chris Rock. Acompanhe a cobertura ao vivo do Omelete, no Youtube, no site e nas nossas redes sociais.

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