Um dos roteiristas de Orphan Black, Tony Elliott faz em ARQ sua estreia como diretor de longas. E a realiza direto no gênero de sua preferência, a ficção científica distópica.
No filme, um cientista e sua esposa, vividos pelos conhecidos da TV Robbie Amell (The Flash) e Rachael Taylor (Jessica Jones), vivem em um futuro pós-apocalipse climático-nuclear. A história começa com o inusitado reencontro dos dois depois de meses, em um loop temporal causado pelo Arq, o gerador de energia em que ele está trabalhando e que atrai a atenção dos dois grupos que lutam pela supremacia do planeta.
ARQ almeja as grandes ideias do sci-fi. Pretende tratar de tecnologia e responsabilidade e o faz em um complicado cenário de viagem no tempo. Mas são conceitos sofisticados demais para o abismal orçamento do filme. ARQ se passa quase que integralmente dentro de um galpão de concreto, a máquina do tempo é um cilindro de alumínio girando e todos os efeitos especiais se resumem a um soco-inglês elétrico e três segundos de um robô. A precariedade distrai da trama, que também não é tão surpreendente assim, já que se parece demais com No Limite do Amanhã - viva, morra e tente outra vez.
Alguns anos atrás, por tratar-se de uma produção para a TV, talvez até desse pra relevar. Mas com o padrão estabelecido atualmente na Netflix, que distribui o filme, a decepção é inevitável.
Ano: 2016
País: EUA
Duração: 1h28 min