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Guerreiros do Céu e da Terra | Crítica

<i>Guerreiros do céu e da Terra</i>

18.11.2004, às 00H00.
Atualizada em 16.11.2016, ÀS 15H04

Guerreiros do céu e da Terra
Tian di ying xiong
China , 2003
Ação/Drama - 114 min.

Direção: He Ping
Roteiro: He Ping

Elenco: Nakai Kiichi, Zhao Wei, Jiang Wen, Wang Xueqi

Anunciado pelos os organizadores do Festival de Filmes Chineses como mais uma produção do diretor Zhang Yimou (Herói, Clã dos punhais voadores), Guerreiros do céu e da Terra (Tian Di Ying Xiong, 2003) é dirigido por He Ping. Isso não diminui em nada esse filme ambientado no ano 700 depois de Cristo. Pelo contrário, é uma aventura à moda antiga com cenas de batalhas sensacionais.

O roteiro, apesar de tradicional, requer atenção. A história acontece na famosa estrada de ligação do comércio da seda entre a Índia e a China na época da dinastia Tang. Lai Xi (Nakai Kiichi) é um japonês que foi enviado à China para aprender as técnicas de combate. Passados vinte anos, ele deseja retornar ao seu país. Para isso precisa completar suas últimas duas tarefas. Primeiro ele é designado a acompanhar Wen Shu (Zhao Wei), filha de um general chinês, até a capital. O outro trabalho é matar o tenente Li (Jiang Wen), conhecido como "matador". Mesmo com um apelido desses, ironicamente, Li está sendo perseguido por ter se negado a cometer uma carnificina com um grupo de prisioneiros de mulheres e crianças. Fora do exército, Li ganha a vida acompanhando caravanas justamente na estrada do comércio de seda. Sua missão atual é acompanhar um monge que supostamente está carregando os ossos místicos do Buda. Master An (Wang Xueqi) lidera um grupo de ladrões que pretende roubar o tesouro sagrado do monge e seqüestrar Wen Shu para torná-la sua esposa.

Esse enredo rebuscado é o ponto de partida de um filme repleto de lutas coreografadas. Notamos uma enorme influência dos westerns de John Ford e os spaghettis de Sergio Leone em perseguições nas grandes formações rochosas e cânions. Há também uma homenagem ao famoso círculo de carroças da cavalaria, em que os índios tentavam penetrar com suas flechas. No caso do filme é um círculo formado por camelos e guerreiros com suas espadas típicas de guerreiros. Os ladrões chefiados por Master An vestem-se como árabes e junto com as imagens no deserto, nos traz à memória os grandes planos de Lawrence da Arábia, de David Lean. Tudo isso com uma fotografia deslumbrante.

No clímax, há ainda um cerco a um forte que lembra muito o massacre do Álamo. Neste momento, o filme ganha proporções épicas e os chineses mostram como a pólvora, descoberta por eles, já tinha sua serventia nos combates. A parte mística, centrada nos ossos do Buda, recorda Os Caçadores da Arca Perdida.

O elenco é homogêneo em sua interpretação. A grande sacada são os nomes dos companheiros de luta do Tenente Li, que têm apelidos do tipo Olho de Águia, Velho Patife e Escorpião, entre outros, que lhes concede uma aura de heróis.

Apesar das diversas influências, o filme é todo original em sua concepção. Percebe-se que a intenção de He Ping era homenagear os famosos épicos cinematográficos. Objetivo alcançado.

Nota do Crítico
Bom
Guerreiros do Céu e da Terra
Tian di ying xiong
Guerreiros do Céu e da Terra
Tian di ying xiong

Autor: Ping He

Ano: 2003

País: China

Classificação: 14 anos

Duração: 120 min

Onde assistir:
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