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O Mais Belo Dia de Nossas Vidas | Crítica

<i>O mais belo dia de nossas vidas</i>

21.10.2004, às 00H00.
Atualizada em 09.11.2016, ÀS 07H02

O mais belo dia de nossas vidas
Il più bel giorno della mia vita
Itália, 2001 - Drama - 102 min.

Direção: Cristina Comencini
Roteiro: Cristina Comencini, Lucilla Schiaffino, Giulia Calenda

Elenco: Virna Lisi, Margherita Buy, Sandra Ceccarelli, Luigi Lo Cascio, Ricky Tognazzi.

Os cineastas italianos contemporâneos mantêm a gloriosa tradição de Federico Fellini, Pier Paolo Pasolini, Luchino Visconti e Bernardo Bertolucci na concepção do cinema mais vibrante e imprevisível da Europa. Independentemente de serem produções de época ou atuais, ou de se passarem no campo ou na cidade, são filmes feitos com emoções direcionadas ao coração. O mais belo dia de nossas vidas (Il Più bel giorno della mia vita, 2002), da diretora Cristina Comencini, segue a mesma fórmula.

Comencini realizou um belo retrato da moderna família italiana em todos os seus pormenores. Irene é uma viúva que mora numa vila antiga. Sua maior tristeza é não ter conseguido transmitir aos três filhos a ligação afetiva à casa e ao conceito de família em que foi educada. Sara, a filha mais velha, vive em absoluta reclusão depois da morte do marido. Rita, a segunda, é aparentemente feliz com suas duas filhas e ao lado do marido com quem se casou por amor. Mas a fachada esconde sua insatisfação sexual com o esposo. Finalmente, Claudio, o mais jovem, é um advogado cheio de dilemas com sua sexualidade. Porém, este ambiente de insatisfação na família de Irene será sacudido com a chegada de dois homens: Sandro e Luca.

Ganhadora do Grande Prêmio das Américas no Festival de Montreal em 2002, essa produção só agora chega ao Brasil. O longa é uma daquelas típicas histórias italianas que apresentam diferentes olhares nas relações. Cristina Comencini lida muito bem com todas as tramas dos personagens, sem nunca estereotipar as situações. Mesmo em cenas que facilmente poderiam descambar para o clichê, ela não apela para as emoções fortes. Os personagens homossexuais são tratados com respeito e não da forma caricata como tanto se vê por aí. O tema principal acaba sendo o abandono das máscaras que normalmente usamos para esconder nossas verdadeiras intenções e desejos.

O elenco é liderado pela veterana Virna Lisi. Além de continuar muito bonita, é muito gratificante assistir a atriz interpretando de forma tão doce e poderosa a viúva Irene. As outras performances também cativam e emocionam. Com destaque para Margherita Buy no papel da solitária Sara, Sandra Ceccarelli como a insatisfeita esposa Rita, Luigi Lo Cascio interpretando o atormentado Claudio e Marco Quaglia, o Luca.

O mais belo dia de nossas vidas é um ótimo exemplo para se compreender a complexidade da instituição família e a importância de seu valor na cultura italiana. Um tema super batido e explorado, mas que nas mãos dos cineastas italianos sempre nos trará agradáveis surpresas.

Nota do Crítico
Ótimo
O Mais Belo Dia de Nossas Vidas
Il Piu Bel Giorno della Mia Vita
O Mais Belo Dia de Nossas Vidas
Il Piu Bel Giorno della Mia Vita

Ano: 2001

País: Itália

Classificação: 12 anos

Duração: 102 min

Onde assistir:
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