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Crítica

Segunda-Feira ao Sol | Crítica

<i>Segunda-feira ao Sol</i>

30.10.2003, às 00H00.
Atualizada em 20.11.2016, ÀS 14H03

Segunda-feira ao Sol
Los lunes al Sol, 2002
Espanha/França/Itália
Drama - 113 min.

Direção: Fernando León de Aranoa
Roteiro: Ignacio del Moral, Fernando León de Aranoa


Elenco: Javier Bardem, Luis Tosar, José Ángel Egido, Nieve de Medina, Enrique Villén, Celso Bugallo, Joaquín Climent, Aida Folch, Serge Riaboukine

No ano passado, quando a Espanha escolheu o filme que indicaria à Academia como seu representante ao Oscar, houve muito barulho na imprensa especializada. Tudo porque Segunda-feira ao sol (Los lunas al sol, de Fernando León de Aranoa) desbancou o favorito Fale com ela (Hable com ella, de Pedro Almodóvar).

Antes de tentar reviver toda esta polêmica, vale dizer que os dois filmes não devem ser comparados, pois têm estilos bem diferentes. Dizer que um é melhor que o outro seria injusto. Se Almodóvar sempre dá pelo menos uma passada pelo bizarro, Aranoa está se especializando no mundo duro e real. Não é à toa que sempre surgem comparações entre o seu trabalho e o inglês Ken Loach (11 de setembro).

Desta vez, o local é Vigo, cidade litorânea no norte da Espanha. Lá vivem alguns dos ex-empregados de um estaleiro que fechou suas portas há mais de três anos. Longe dos anos dourados da juventude, eles encontram dificuldade para voltar ao mercado de trabalho e passam seus dias de desemprego cada um à sua maneira. Santa (Javier Bardem - irreconhecível atrás da barba e dos quilos a mais, mas tão brilhante quanto em Antes do anoitecer) quebrou a lâmpada de um poste no conflito entre policiais e trabalhadores que ocorreu quando o estaleiro fechava suas portas e agora tenta escapar da punição de 8 mil pesetas. Nas horas vagas procura um rabo de saia e bebe com os outros ex-colegas: Jose (sustentado pela sua mulher, Ana), Lino (que todos os dias parte em busca de um emprego para sustentar sua família), Sergei (um imigrante russo) e Amador (que se afunda cada vez mais nas bebidas).

Alguns críticos acharam que a história é muito repetitiva, ao mostrar inúmeras vezes, por exemplo, o nervosismo de Lino antes de uma entrevista de emprego. Porém, este é apenas o retrato do dia-a-dia de um desempregado, que precisa desesperadamente conseguir um trabalho logo.

Segunda-feira ao sol tem os seus momentos engraçados, como o jogo de futebol, mas está longe de ser um Full Monty. Na vida real, gordões fazendo striptease não fazem tanto sucesso quanto um copo no bar com os amigos.

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