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Os Guardiões | Crítica

Vingadores russos não passa de colagem de portfólios publicitários

01.09.2017, às 09H25.
Atualizada em 01.09.2017, ÀS 11H01

Os primeiros trailers de Os Guardiões (Zashchitniki), filme russo com super-heróis, causaram furor na internet. O grupo formado por um homem-urso, uma mulher invisível, um super-ninja e um sujeito que controla pedras chamou atenção pelo visual diferente e as possibilidades pitorescas que podiam trazer ao universo de heróis no cinema. No entanto, o longa não passa de uma colagem de inúmeras ideias com ar comercial sem narrativa alguma. Ao invés de dar a visão própria de um gênero no auge da forma, Guardiões faz uma cópia do que é visto na Marvel e DC e fica mais próximo de uma paródia do que uma versão alternativa.

A trama gira em torno de um cientista maluco que é infectado pelas próprias invenções e decide dominar o mundo. August, como é chamado, se veste como Bane e inclusive desfere golpes como o brutamontes do universo DC. Seu poder real, porém, é controlar carros, veículos, eletricidade e aparentemente tudo que tem algum tipo de energia. Para impedir que ele concretize os planos maléficos, o governo russo ressuscita o programa Patriota, que angariava super-humanos (criados pelo próprio August) para defender o país quando fosse preciso. Com uma versão loira e feminina de Nick Fury, começa o recrutamento.

O grupo é formado pelo quarteto supracitado: urso, mulher-invisível, ninja e senhor das pedras. Individualmente, as cenas que mostram os poderes e o background de cada personagem é uma espécie de curta-metragem amador. Os atores soam como modelos, falam diálogos simplórios e não economizam na canastrice - e não é proposital. A ideia, pela fotografia "épica" e trilha grandiosa, é soar heróico de verdade. Se focasse só na ação, Guardiões não passaria tanto a impressão de paródia, pois as cenas dramáticas é que o deixam perto da vergonha alheia. A tentativa de tornar a vida de alguns personagens algo mais profundo é simples perda de tempo, tamanha é a falha de direção e roteiro na execução de cada cena.

Os efeitos visuais são o grande acerto de Guardiões. Ainda que erre ao colocar o urso em cenas à luz do dia, o que evidencia a computação gráfica, o saldo é positivo. As máquinas e a maquiagem de alguns personagens são montadas de uma maneira satisfatória e dão um ar mais profissional ao filme. É evidente que isso não é o suficiente para salvar o longa, que tenta emular batalhas vistas em Vingadores, Cavaleiro dos Trevas e outros tantos ícones do gênero, e só acaba sendo uma peça publicitária de quase duas horas de duração.

Nota do Crítico
Ruim
Os Guardiões
Zashchitniki
Os Guardiões
Zashchitniki

Ano: 2017

País: Rússia

Classificação: 12 anos

Duração: 105 min

Direção: Sarik Andreasyan

Roteiro: Andrey Gavrilov

Elenco: Anton Pampushnyy, Sanjar Madi, Sebastien Sisak

Onde assistir:
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