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Crítica

Easy Six | Crítica

Mostra de Cinema: <i>Easy six</i>

27.10.2004, às 00H00.
Atualizada em 09.01.2017, ÀS 07H03

Easy six
EUA, 2003
Comédia - 90 min.

Direção: Chris Iovenko
Roteiro: Edward Allen (romance) e Chris Iovenko

Elenco: Julian Sands, John Savage, Katharine Towne, James Belushi e Fisher Stevens

Reside no cenário independente o derradeiro suspiro de criatividade do cinema dos EUA. Mas isso não evita que bobagens descartáveis saiam de lá. Em sua estréia como roteirista e diretor de longas, Chris Iovenko cria uma boa premissa para Easy six (2003), mas não aguenta o peso da pretensão.

Na trama, o professor de literatura Packard Schmidt (o britânico Julian Sands) é convidado para palestrar num evento em Las Vegas. Um amigo seu, Frank (John Savage), professor de educação física, pede-lhe que procure na viagem a sua filha Sally (Katharine Towne). Ao chegar lá, Packard encontra a menina, sim. O problema é que a filha de Frank trabalha como prostituta, registrada em carteira.

No tempo em que apenas dava aulas a Sally, Packard nutria um certo interesse por ela. A loirinha já sabia, e não perde tempo em seduzir o ex-professor. Ele se vê numa situação complicada: pode se manter fiel ao amigo ou se aventurar no sexo que, além do mais, tiraria a sua vida da total pasmaceira. Numa mesa de jogo no cassino, Packard decide: os dados estão quentes, o "seis" lhe dá sorte, então por que não arriscar?

Obviamente, a relação escusa entre mestre e aluna logo se revelará para Frank. O escândalo está armado. Mas, na verdade, o que interessa ao diretor é mostrar como um pouco de ousadia pode transformar a vida de um homem certinho. Iovenko entende que giz e lousa são insuficientes diante da verdadeira lição que o mundo afora ensina. Você já viu essa história antes, não é? Pois então... Easy six começa promissor e desemboca na mais banal fórmula edificante.

O problema maior é que tudo isso chega embalado numa linguagem ambiciosa, metida. Até Shakespeare acaba citado no roteiro que pretende enfiar "profundidade" goela abaixo do espectador. A atuação vergonhosa de Julian Sands - como alguém em atividade desde 1982 deixa transparecer tanto a própria inépcia? - já sinalizava no começo do filme que alguma coisa não ia bem. Mas a segunda metade - totalmente desgovernada e tentando adicionar algum humor negro - mostra que não faltarão equívocos até o final dos noventa minutos.

Nota do Crítico
Regular
Easy Six
Easy Six
Easy Six
Easy Six

Autor: Chris Iovenko

Ano: 2003

País: EUA

Classificação: 14 anos

Duração: 90 min

Elenco: Julian Sands, John Savage, Katharine Towne, Lorna Scott

Onde assistir:
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