Eddie Redmayne em A Garota Dinamarquesa

Créditos da imagem: Reprodução

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Redmayne diz que não aceitará certos papéis até haver "nivelamento" entre atores

Ator cis já interpretou mulher trans no cinema

Omelete
2 min de leitura
27.01.2023, às 14H54.

Nos últimos anos, Hollywood tem acordado para determinadas pautas, especialmente levantadas por – e a favor – de grupos minoritários. Um desses tópicos que ainda gera muito barulho, de maneira negativa, é quando atores cis interpretam personagens transsexuais, como Felicity Huffman em Transamérica e Eddie Redmayne em A Garota Dinamarquesa. Em recente entrevista ao The Guardian, Redmayne falou, novamente, com pesar sobre a decisão de ter atuado no drama histórico e o que aprendeu com a experiência. 

Alguns anos atrás, fiz um workshop com atores trans na Central School of Speech and Drama. Muitos deles estavam me interrogando, e com razão, sobre minha escolha de fazer A Garota Dinamarquesa e apontando que muitos atores trans não vão para a escola de teatro justamente por não verem isso como uma oportunidade. Até que hajam papéis que você acha que são possíveis para interpretar, por que você faria isso?”, destacou. 

Continuando, Redmayne disse: “Acredito que todo mundo quer ter a chance de interpretar um pouco de tudo. É isso que sonhamos como atores e devemos fazer. Ninguém quer ser limitado por seu gênero ou sexualidade, mas, historicamente, essas comunidades não se sentam à mesa”. “Até que haja um nivelamento, há certos papéis que eu não faria”, finalizou ele. 

Ainda em 2021, o ator afirmou que foi um erro ter aceitado interpretar uma mulher trans em A Garota Dinamarquesa. Desde o lançamento do filme, no qual o astro contracena com Alicia Vikander, ele é apontado como um caso de oportunidade perdida para a representatividade transsexual em Hollywood, com o papel reservado ao ator podendo ter sido dado a um artista da comunidade.

"Eu não o aceitaria hoje. Eu fiz esse filme com a melhor das intenções, mas acho que foi um erro", afirmou Redmayne em entrevista concedida ao The Times"A discussão maior sobre as frustrações em torno dessa escalação aconteceram porque muita gente não tem um assento na mesa. Precisa haver uma reparação, ou vamos continuar tendo esses debates", concluiu.

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