Se depender de Eva Green, nenhuma outra atriz vai interpretar Vesper Lynd, a Bond girl que definiu a era Daniel Craig com sua aparição em 007 - Cassino Royale (2006), tão cedo. Em entrevista ao Omelete, ela foi categórica ao rejeitar a possibilidade de um reboot.
“Não, não, não. Só poderia ser eu, eu sou Vesper Lynd”, comenta. Mas isso não significa que Vesper está permanentemente aposentada das telonas: “Claro que seria difícil trazer ela de volta à vida, mas talvez possamos fazer um filme de origem? Seria interessante descobrir seu passado e ver um outro lado dela, por que não?”.
“Eu consigo ver o título 'VESPER' aparecendo na tela em letras garrafais”, brinca ainda.
Uma nova (Mi)lady
Enquanto esse spin-off não acontece, os fãs podem encontrar Green em Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan, nova e luxuosa adaptação do clássico de Alexandre Dumas, onde a atriz assume o papel tradicionalmente vilanesco de Milady. A personagem, no entanto, está um pouco mudada.
“Definitivamente é uma nova forma de ver Milady, um lado dela que não vimos antes. É claro que ela continua sendo a vilã, continua sendo uma figura traiçoeira, manipuladora, irreverente... tudo o que esperamos dela”, garante Green. “Mas o que me atraiu para este projeto quando li os roteiros foi que o segundo filme mostrava uma outra faceta dela.”
Como a atriz indica, D’Artagnan é só a primeira parte dessa adaptação, que continuará ainda este ano com o lançamento de um segundo filme, subtitulado justamente Milady. “Quando o primeiro acaba, achamos que já sabemos quem ela é, mas no segundo acabamos nos surpreendendo e meio que entendendo as ações dela, o porquê de ela agir da forma que age. Ela não é 100% má, sabe? Achei isso interessante”, comenta ela.
Para mostrar esse lado “mais vulnerável, mas também mais guerreiro” de Milady, ela escolheu se afastar de retratos anteriores da personagem no cinema - entre trabalhos emblemáticos de Faye Dunaway e Milla Jovovich, a Milady favorita de Green segue sendo Lana Turner, que viveu a vilã no Os Três Mosqueteiros de 1948.
“Lana Turner foi magnífica. É uma performance tão poderosa, tão misteriosa. Sempre senti que ela era a melhor parte daquela adaptação, então me senti um pouco intimidada quando o papel foi oferecido a mim”, admite. “Precisei me esforçar para separar a minha Milady da dela, fazer uma nova versão, porque pensei: 'Nunca vou conseguir alcançar o que ela fez'.”
Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan chega aos cinemas brasileiros na quinta-feira (20).