Filmes

Entrevista

A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell | "Meu desafio foi encontrar o tom", diz dubladora de Scarlett Johansson

Brasileira Fernanda Bullara já fez a voz da atriz antes

25.03.2017, às 13H11.
Atualizada em 25.03.2017, ÀS 14H02

Dar voz a um dos mais desejados símbolos sexuais da história do cinema é uma tarefa que a dubladora paulista Fernanda Bullara encara com um sabor de desafio ao assumir o papel principal – o de ninguém menos do que Scarlett Johansson – na versão brasileira de A Vigilante do Amanhã: Ghost in The Shell, que estreia na próxima quinta (30). Na ativa desde criança, a atriz de 32 anos – que dubla desde os 6 – enxerga na esperada ficção científica do diretor Rupert Sanders um tom mais seco no timbre vocal da estrela americana a quem já cedeu sua garganta no passado.

Dublei Scarlett num filme dos anos 2000 chamado Falsária, quando ela era mais jovem e eu também”, diz Bullara, que já emprestou sua voz a outras atrizes de Hollywood como Mila Kunis Christina Ricci. “Agora, neste filme, que está sendo superesperado, ela fala baixo, num tom mais grave. O meu maior desafio foi encontrar esse tom. Um ator de cinema tem o olhar para traduzir suas emoções. Nós, na dublagem, não: a emoção tem que ser concentrada na voz”.

Num diálogo com o anime O Fantasma do Futuro, de Mamoru Oshii, baseado no mangá de Masamune Shirow, a trama de A Vigilante do Amanhã: Ghost in The Shell se ambienta em um futuro próximo, de caracterização cyberpunk, no qual a agente Major (Johansson) é a primeira de sua espécie: uma humana que foi ciberneticamente melhorada, com a tarefa de deter criminosos de alta periculosidade. Quando o terrorismo atinge um novo nível de perigo para a Humanidade, que inclui a habilidade de invadir a mente das pessoas e controlá-las, ela é designada a deter os avanços dessa prática. Na medida em que se prepara para enfrentar um novo inimigo, Major descobre que foi enganada: sua vida não foi salva, mas roubada.

Ela começa o filme séria, muito direta, num clima misterioso, mas, aos poucos, vai vendo o quanto é humana e vai ficando cada vez mais nervosa”, explica Bullara, que dublou desenhos como Naruto (Ino) e Sakura Card Captors (Tomoyo). “A dublagem brasileira hoje tem um espaço muito grande não apenas pelo mercado aberto nos games, como pelo reconhecimento dos fãs de animês”.

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