Filmes

Entrevista

Minha Mãe é uma Peça 2 | "Na essência, a Dona Hermínia é a mesma", diz Paulo Gustavo

Ator falou sobre aguardada sequência de comédia nacional

21.11.2016, às 15H59.

Dona Hermínia, a porção mulher – e mais maternal – de Paulo Gustavo está de volta aos cinemas. Encarado pelos exibidores como o filme brasileiro mais esperado deste fim de ano, capaz de fazer frente até aos mais oscarizáveis blockbusters americanos, Minha Mãe é uma Peça 2 só chega ao circuito no dia 22 de dezembro, mas já vem mobilizando os fãs do ator na internet, com milhares de acessos a seu trailer oficial e a seu pôster, recém-divulgado. 

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“Na essência, Dona Hermínia ainda é a mesma”, assegura Paulo Gustavo por telefone ao Omelete. “Permanecem a superproteção aos filhos e a implicância com as irmãs. O que mudam são as situações que ela tem de enfrentar, agora à frente de um programa de TV”. 

Pelo carisma e pelo humor das primeiras imagens divulgadas, a quem aposte que ele vá ultrapassar o público do original, de 2013: 4,6 milhões de ingressos vendidos. Dirigida por César Rodrigues (de Vai que Cola – O Filme), a trama desta continuação tem um quêzinho de angústia, com a “síndrome de ninho vazio” sofrida por Dona Hermínia depois que seus filhos, Marcelina (Mariana Xavier) e Juliano (Rodrigo Pandolfo), decidem sair de casa. 

O sentimento de ninho vazio da minha mãe foi mais tranquilo, pois quando minha irmã saiu de casa, eu fiquei, e, mesmo quando, eu arrumei um apartamento no Leblon, no início da minha carreira, estava sempre na casa dela, em Niterói, nas minhas horas vagas”, brinca Paulo Gustavo, que, em paralelo ao filme, está em cartaz no teatro Oi Casagrande até 19 de fevereiro. “Agora que eu me casei e saí de casa, minha irmã voltou. Logo, minha mãe sentiu menos do que a Dona Hermínia sente no filme. Eu só percebo que ela tem essa síndrome de ninho vazio quando vou na casa dela e vejo que número de porta-retratos com meu rosto aumentou”. 

Neste episódio dois as aventuras da personagem celebrizada inicialmente em uma peça teatral encenada ao longo de dez anos, Dona Hermínia vai ter que lidar com o humor nem sempre tragável de sua irmã Lúcia Helena (Patrycia Travassos), de volta ao Brasil após uma temporada nos Estados Unidos. Ela agora também se vê às voltas com um netinho de 5 anos que extrapola o direito de ser pestinha. 

Hermínia fica doidinha para que o neto chegue de Brasília, mas, depois de ver a bagunça que ele faz, fica louca para que ele volte para casa logo. Aconteceu algo parecido na minha família. Um dia meus primos dos EUA vieram e foram para a casa da minha avó, que colecionava pratos de enfeite, de diferentes locais do Brasil. Os garotos quebraram uns 15 pratos dela”, lembra o ator, que hoje se firma como um dos maiores campeões de bilheteria do país. “No fundo, tudo na minha carreira funciona em combo. Comecei fazendo teatro, devagarzinho, até que Minha Mãe é uma Peça estourou. Fiz outras comédias, que também deram certo, e, hoje, eu faço espetáculos em casas de show, para milhares de pessoas. O sucesso do teatro me levou à televisão. Apresentei o projeto 220 Volts na TV e fiquei cinco temporadas. Aí, veio Vai Que Cola, e lá fiquei. O êxito da TV trouxe o cinema. As coisas se ajudam”.

Para o ator, a receita de sua prosperidade está em ser criterioso: “Muita gente vê o que eu faço, mas não sabe o que eu recuso, procurando algo que realmente seja significativo e que, realmente, passe pelo meu crivo de autor”, diz. “Eu trabalho de maneira autoral, bem artesanal, em casa, de banhinho tomado, no meu micro, escrevendo histórias que saem de mim. E, se algum dia, bater forte a vontade de fazer um drama, eu vou fazer”.  

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