Filmes

Entrevista

O Homem Que Matou John Wayne | "O espectador é uma figura ativa", diz diretor sobre o documentário

Longa tem foco em Ruy Guerra, que também é tema de livro

17.08.2017, às 14H02.
Atualizada em 17.08.2017, ÀS 17H49

Único diretor autoral do cinema brasileiro a ter dois Ursos de Prata no currículo, conquistados no Festival de Berlim em 1964 (Os Fuzis) e 1978 (A Queda), Ruy Guerra está na mira de dois registros biográficos que analisam sua premiada carreira e sua vida de conquistas nas telas e na música, onde é compositor de sucessos da MPB. De um lado, nos cinemas, chega esta quinta-feira (17) às telas o filme O Homem Que Matou John Wayne, documentário de Diogo Oliveira recheado de causos e de reflexões sobre o cinema de Guerra. Um cinema que já apostou na radicalidade narrativa plena com Estorvo (filme indicado à Palma de Ouro de Cannes em 2000) e já flertou com a lógica dos blockbusters, em Os Cafajestes, visto por 2 milhões de pagantes em 1962. Hoje com 86 anos, o veterano realizador tem um longa inédito para estrear: Quase Memória, pelo qual ganhou o Grande Prêmio do Júri no Festival do Rio 2015.

“O documentário sobre Ruy busca uma linguagem em que o espectador seja figura ativa na criação do filme, preenchendo as lacunas deixadas na narrativa pelo que está ‘fora de quadro’ e pelas elipses, e aproveitando, na parte ficcional, os cenários e a luz, para fazer uma transfiguração do real, pra atingir o imaginário do espectador com maior força”, diz Oliveira. “Diria que o Ruy encarna um cinema de reconstrução, recriação, e este documentário sobre ele éinfluenciado por artistas como Manoel de Barros (poesia) e Michel Gondry (cinema)”.

Em paralelo ao lançamento de O Homem Que Matou John Wayne, está nas livrarias Ruy Guerra – Paixão Escancarada, de Vavy Pacheco Borges, sobre a importância do cineasta para a edificação do audiovisual moderno no Brasil. O livro fala de sua vida pessoal, de sua história com a canção e de seu histórico como ator, citando seus trabalhos em elencos de longas do alemão Werner Herzog, incluindo Aguirre, a Cólera dos Deuses (1972).

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