Lançada nos cinemas em março de 2017, a adaptação com atores de A Bela e a Fera alcançou a bilheteria mundial de US$ 1.2 bilhão, tornando-se um dos maiores filmes do ano em termos de arrecadação.
São resultados assim que impulsionam a Disney para continuar adaptando suas histórias clássicas, em um grande projeto que prevê longas como A Pequena Sereia, Pinóquio, Dumbo, entre vários outros – veja aqui. Em entrevista ao Omelete para a divulgação do Blu-ray e DVD de A Bela e a Fera, já disponível nas lojas, o produtor Steve Gaub revela como tudo isso começou:
“A Disney viu uma intrigante oportunidade alguns anos atrás ao olhar para alguns títulos que poderiam ser candidatos interessantes para uma atualização, usando tecnologias modernas de VFX para revelar seus mundos de uma forma totalmente diferente. Existiam alguns candidatos óbvios e outros que precisavam de mais imaginação. Claro, dado que A Bela e a Fera de 1991 foi tão icônico e continua sendo a única animação indicado para o Oscar de Melhor Filme, havia muita pressão para não estragar tudo”.
Com filmes como O Exterminador do Futuro: a Salvação, Tron: O Legado e Oblivion no currículo, Gaub não tinha experiência com adaptações de animações, mas revela que realizou um sonho ao trabalhar na produção: “O produtor de Tron [Jeffrey Silver] foi abordado pela Disney para começar a desenhar um orçamento do que seria necessário para fazer um live-action. Ele me chamou e perguntou se eu tinha interesse de trabalhar em um musical. Era tudo o que eu precisava ouvir. Existem alguns gêneros na minha lista de desejos para trabalhar e o musical estava no topo dessa lista. Agora preciso encontrar meu caminho para fazer um clássico faroeste”.
Quando as primeiras notícias sobre o filme surgiram e Emma Watson foi confirmada como a protagonista, a questão da representatividade feminina começou a ser discutida entre os fãs, que questionaram como Bela se relacionaria com a Fera. O produtor afirma que a questão também não passou despercebida no estúdio: “A Disney está comprometida em promover a igualdade. Era importante para o estúdio, para Bill Condon e para Emma Watson, provar que a nossa Bela pode ser um modelo de inteligência, pensamento independente, força e confiança para as jovens. Esse comprometimento é permeado pelo roteiro, na direção de Bill, na performance de Emma e, por último, na edição”.
Com tanto sucesso, é visível que os fãs têm uma demanda pelas adaptações e gostam de ver seus personagens clássicos em carne e osso. Para Gaub, a questão envolve o amor de quem conhece os clássicos junto com uma nova geração, pronta para conhecer histórias inéditas:
“Os [novos filmes] são um toque divertido na imagem clássica. ‘Como eles vão fazer tal coisa’. Essa é uma pergunta divertida para o público completar. Se a história e os personagens já são próximos e queridos, as chances é que eles serão bem recebidos, com a Disney tentando encontrar caminhos para que esses mundos continuem interessantes para uma nova geração”. Já quando se trata de uma sequência do próprio A Bela e a Fera, já comentada pelos protagonistas Emma Watson e Dan Stevens, o produtor faz mistério, mas deixa uma expectativa no ar: “Todas as coisas são possíveis em uma terra de conto de fadas”.
