Fran Drescher, a presidente do Sindicato dos Atores de Hollywood (SAG-AFTRA), criticou duramente o CEO da Disney, Bob Iger, que descreveu a expectativa de atores e roteiristas em greve como "irrealista". À Variety, Drescher disse achar a declaração "repugnante e alienada".
"Se eu fosse parte da empresa, eu trancaria ele e não deixaria que ele falasse com ninguém sobre isso, porque é tão óbvio que ele não tem ideia do que realmente está acontecendo com trabalhadores dedicados que não ganham nada perto do salário que ele recebe. Sete, oito dígitos grandes. É muito dinheiro que eles fazem, e eles não se importam se são barões de terras da Idade Média".
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Antes da oficialização da greve dos atores, Iger declarou que a associação que representa os estúdios (AMPTP) queria "negociar um acordo muito bom", como fez com o Sindicato dos Diretores (DGA), mas que atores e roteiristas "estão aumentando o conjunto de desafios que esse negócio já enfrenta".
A declaração de Iger, além de contestada no anúncio do SAG da greve, não repercutiu bem. Roteirista de She-Hulk, Cody Ziglar respondeu à fala do executivo, dizendo que recebeu US$ 396 de residuais pelo seu trabalho na série da Marvel. Já o ator John Cusack comparou a ganância dos estúdios a "um tropo cômico lendário".
Os atores de Hollywood não entram em greve desde 1980. A paralisação não só deve barrar as filmagens de muitos projetos que contam com intérpretes filiados ao SAG, como também impedir a participação desses atores em eventos de imprensa para filmes que já estão completos e a caminho dos cinemas.
Com a pressão adicional da greve dos roteiristas, já em curso há dois meses, a maioria dos projetos dos grandes e pequenos estúdios americanos devem ser completamente paralisados até a assinatura de novos contratos. Os dois sindicatos não entram em greve juntos desde 1960.
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