George R. R. Martin (Wikimedia Commons)

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George R. R. Martin e mais autores entram em ação judicial contra OpenAI

Nomes como John Grisham e Michael Connelly afirmam que o laboratório de inteligência artificial copiou seus trabalhos sem autorização

Omelete
2 min de leitura
20.09.2023, às 19H00.
Atualizada em 21.09.2023, ÀS 11H38

George R.R. Martin (Game of Thrones), John Grisham (A Firma), Michael Connelly (O Poder e a Lei) e outros notórios membros do Sindicato dos Autores formalizaram uma ação coletiva contra a a OpenAI nesta quarta-feira (20). Segundo o Deadline, os autores afirmam que o laboratório de inteligência artificial copiou seus trabalhos “sem permissão ou consideração”.

"A Inteligência Artificial Generativa é um novo campo vasto para a exploração de longa data do Vale do Silício dos provedores de conteúdo", disse o autor Jonathan Franzen (As Correções) em um comunicado. "Os autores devem ter o direito de decidir quando suas obras são usadas para 'treinar' a IA. Se eles optarem por participar, devem então ser devidamente compensados", continuou. 

Também segundo a ação, quando solicitado, o ChatGPT da OpenAI "gerou resumos bastante precisos" de obras populares de Grisham e adaptadas para o cinema, como O Segredo, O Cliente e A Firma, bem como um esboço não autorizado e detalhado do próximo volume de O Rei das Fraudes

A ação judicial busca a certificação de classe, uma injunção que proíbe que suas obras sejam usadas nos grandes modelos de linguagem sem autorização. Os autores estipularam danos reais não especificados e, alternativamente, danos estatutários de até US$150.000 por obra infringida.

Atualmente, os roteiristas de Hollywood seguem paralisados diante de várias reivindicações trabalhistas, como aumento de salários, mudanças nas regras de pagamento de residuais (o dinheiro "extra" que os roteiristas recebem pela exibição de seus trabalhos na TV ou no streaming) e, principalmente, o estabelecimento de proteções contra o uso de inteligência artificial na criação de roteiros.

Em julho, o sindicato dos atores de Hollywood (SAG-AFTRA) se juntou ao WGA na greve, com justificativas similares. A paralisação conjunta das duas categorias de profissionais fez com que várias produções interrompessem filmagens e outros processos importantes.

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