Almodóvar e outros 300 cineastas protestam contra extinção do INCAA na Argentina

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Almodóvar e outros 300 cineastas protestam contra extinção do INCAA na Argentina

Presidente argentino Javier Milei cortou investimentos da indústria audiovisual do país

Omelete
2 min de leitura
22.01.2024, às 17H07.

O diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho (Bacurau), o espanhol Pedro Almodóvar (Dor e Glória), o mexicano Alejandro González Iñárritu (O Regresso) e mais de 300 cineastas assinaram uma petição contra a decisão do presidente da Argentina Javier Milei de cortar os investimentos destinados à indústria audiovisual no país. Com um decreto, o político acabou com o Instituto Nacional de Cinema e Artes Audiovisuais (INCAA) e com a Escola Nacional de Experimentação e Realização Cinematográfica (ENERC).

Diversos artistas ao redor do globo também assinaram a petição em protesto. O texto inclui as assinaturas de atores como Gael García Bernal (Mozart in the Jungle) e Diego Luna (Andor).

Em comunicado, a recém-formada coligação Cine Argentino Unido, liderada por associações de profissionais de cinema, afirmou: "A Argentina construiu uma indústria cinematográfica vibrante, heterogénea e dinâmica desde o seu início. Desde 1944, o país conta com instituições estatais que regulam e promovem a atividade cinematográfica utilizando os recursos gerados pela exploração audiovisual. Hoje, a indústria cinematográfica envolve dezenas de milhares de empregos de qualidade e forma profissionais que colaboram em coproduções em todo o mundo [...] Nada disso teria sido possível sem políticas públicas de promoção da cultura e sem a Lei do Cinema que prevê verbas específicas para a atividade."

"O cinema argentino é uma indústria próspera que gera milhares de empregos, exporta conteúdo e traz investimentos estrangeiros para o país. A implementação deste projeto de lei terá um efeito devastador, incalculável e irreparável em toda a cultura e na soberania nacional, especialmente para os trabalhadores que dependem das indústrias culturais, resultando em milhares de novos desempregados", continua o texto.

A medida, no entanto, ainda pode ser derrubada. À Variety, a cineasta Celina Morga, integrante da coaligação, disse que o grupo está conversando com membros do Congresso argentino para que o decreto de Milei contra a indústria cinematográfica seja barrado em votação.

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