A partir de novembro os cinemas brasileiros começam adaptações para oferecerem conteúdos para pessoas com deficiências auditiva e visual. As ações fazem parte de uma instrução normativa da Ancine, publicada em 2016.
De acordo com ela, grupos que possuem a partir de 21 salas precisam disponibilizar os recursos de legendagem, legendagem descritiva, audiodescrição e LIBRAS a partir de novembro em 50% dos locais, enquanto grupos menores têm o prazo de 14 meses para adaptarem 30% e os outros 70 nos próximos 24 meses.
“O mercado precisou se movimentar para criar tecnologias capazes de incluir os cegos e surdos nestes espaços, mas sem interferir na experiência dos demais espectadores. Foi um desafio muito grande e cujas soluções encontradas tornaram o Brasil referência mundial em acessibilidade de conteúdo nos cinemas. Países como Inglaterra, Estados Unidos e França, por exemplo, que também estão passando por este processo, voltam os olhos voltados para cá e as nossas empresas passaram a dar consultorias lá fora sobre isso”, afirma Marcelo Lima, diretor da Expocine, evento que acontece em São Paulo entre os dias 27 e 29 de setembro e possui várias soluções para esse objetivo.
Entre os objetos mais usados estão dispositivos colocados nas poltronas para o espectador ler as legendas closed caption, óculos eletrônicos que exibem nas lentes a imagem do intérprete ou o texto das legendas, aplicativos de celular que amplificam o áudio do filme e ferramentas que fornecem a audiodescrição em tempo real.