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Conhecemos o primeiro cinema IMAX do Brasil

Exibição de Fundo do Mar 3D é o primeiro teste da tela gigante do Bourbon Shopping Pompéia

15.01.2009, às 16H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H43

A primeira sala IMAX do Brasil não é a maior do mundo, e Fundo do Mar 3D não é o melhor documentário marinho da história, mas pelo menos é um começo.

Imagine-se com a cara colada num vidro de aquário - ter o campo de visão totalmente preenchido e perceber objetos em profundidade equivale, a grosso modo, à sensação que o espectador desfruta nas sessões 3D diante da tela de 14m de altura e 21m de largura, instalada no Bourbon Shopping Pompéia, de São Paulo.

fundo do mar 3d

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O IMAX Unibanco tem 334 lugares (327 poltronas mais 7 lugares para deficientes físicos) dispostos como se fossem uma arquibancada da Bombonera, mais inclinada do que a disposição stadium normal dos Cinemarks da cidade, mas ainda assim não tão inclinada quanto alguns IMAX dos EUA (como este da foto ao lado). O razoável espaço entre as fileiras segue a linha dos multiplexes do Unibanco - no próprio Bourbon e no Shopping Frei Caneca - mas as poltronas são ligeiramente mais reclinadas.

Ao todo, a rede canadense fundada em 1967 tem 300 salas em 40 países - 60% dessas salas estão instaladas nos EUA. A do Bourbon já foi planejada pensando nas exibições tridimensionais - os óculos são maiores e mais pesados do que de outras salas 3D digitais da cidade - e a tela está entre as 50 maiores do mundo. Ainda assim, está longe do IMAX em Darling Harbour, o maior, em Sydney, na Austrália, com 35,7m de largura e 29,4m de altura.

Para quem fica com o nariz colado nos ouriços de Fundo do Mar 3D, esses metros a menos não fazem tanta diferença. O filme dirigido pelo oceanógrafo Howard Hall em 2006, com 41 minutos de duração, serve bem como aperitivo para mostrar o poder imersivo da sessão, com os movimentos "zen" de moluscos e a narração didática. Só não espere aquela sensação de objetos atirados contra seu rosto dos 3D mais trabalhados; Fundo do Mar 3D passa mais uma sensação de profundidade de campo do que propriamente de tridimensionalidade - mesmo porque peixe algum avança pra cima do cinegrafista.

Como eu estou acostumado a sentar na famosa "fileira do cano" das salas do Unibanco, a primeira atrás dos lugares do térreo reservados a deficientes, o 3D ficou um pouco turvo nos objetos mais salientes da tela. Prefira ficar mais para o meio da sala (veja fotos na galeria abaixo), mesmo porque isso provavelmente vai impedir que você fique com torcicolo no final e dá pra atentar melhor aos cantos da tela.

Como a exibição acontece em película de 70mm e a proporção da tela é de 1.44:1 - mais "quadrada" do que as tradicionais - a exibição de filmes feitos em 35mm (estourados para caber no 70mm) pode causar estranhamento inicial. O teste de fogo mesmo será a reestréia de Batman - O Cavaleiro das Trevas no começo de fevereiro: o filme teve as cenas do assalto ao banco rodadas com a câmera especialmente criada para o IMAX, então a diferença entre o 70mm natural da tela gigante e o 35mm estourado do resto do filme será bem ilustrativa.

As exibições 3D no IMAX Unibanco são, como em todo filme tridimensional, dubladas. Já os filmes 2D podem ser legendados. Os preços dos ingressos: de sexta a quarta, R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia); às quintas, R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). O próximo IMAX do Brasil fica em Curitiba e deve ser inaugurado até julho.

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