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Chupins de Deu a Louca em Hollywood agora zoam 300 (e não só)

28.02.2008, às 18H00.

A expressão "Repita uma mentira várias vezes e ela pode se tornar verdade" para os comediantes é assim: Repita uma piada várias vezes e ela vai se tornar sem graça. É por isso que de tempos em tempos eles mudam seu repertório, buscando novos ares e o desafio de continuar fazendo rir. Não é o caso de Jason Friedberg e Aaron Seltzer. Apesar de o texto promocional de Espartalhões (Meet the Spartans, 2008) insistir que os dois são novos mestres do gênero da paródia, isso jamais vai se tornar uma verdade e já se tornou sem graça há tempos.

Os dois oportunistas se vangloriam de ter participado como colaboradores de Todo Mundo em Pânico, que ressucitou a mania de parodiar outros filmes. A se julgar pelos trabalhos seguintes, Uma Comédia Nada Romântica e Deu a Louca em Hollywood, devem ser deles as piadas mais nojentas, aquelas com flatulências e gosmentos líquidos corporais que são expelidos na cara de alguém.

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Sabe quando um filme mostra nos trailers as suas melhores piadas? Não é o caso de Espartalhões. Porque não há boas piadas! O longa é apenas de um enorme caldeirão de reciclagem de cenários, posicionamentos de câmera e até diálogos dos filmes que parodia, em especial 300, de quem pega as linhas básicas do enredo. A diferença é que o Leônidas da comédia (Sean Maguire, que consegue imitar muito bem o tom de voz do Gerard Butler) tem ao seu lado apenas 13 espartanos. Tudo bem que do outro lado, o Xerxes não é Rodrigo Santoro, mas sim Ken Davitian, o gordão de Borat.

Também são satirizados Shrek, 007 - Cassino Royale, Homem-Aranha 3, Happy Feet - O Pingüim, Motoqueiro Fantasma, Rocky Balboa, Transformers, os reality shows American Idol, Dança dos Famosos, America's Next Top Model e Deal or Not Deal, o videogame Grand Theft Auto, as sem-calcinha Paris Hilton, Britney Spears, Lindsay Lohan e até o casal Brangelina. Além do desnecessário anseio de botar todas as referências possíveis em cena, os dois não confiam que o público vá entender a piada. Precisa mesmo dar um close no nome "Rocky" bordado no calção de um lutador com a cara torta?

De bom mesmo, só a curta duração (84 minutos). E a Carmen Electra, que como atriz continua sendo um ótimo pedaço de cenário.

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