A história se repete. Depois de processar a Marvel Entertainment em 2007, a Stan Lee Media - empresa que, apesar do nome, não tem mais Stan Lee entre sua diretoria ou funcionários - abriu nesta segunda-feira em Manhattan um processo de 750 milhões de dólares exigindo lucros com os filmes dos personagens que Lee criou para a Marvel Comics, como Homem-Aranha e X-Men.
A ação foi aberta por Martin Garbus, advogado de quatro acionistas da Stan Lee Media, contra Lee, seu parceiro Arthur Lieberman, Avi Arad (ex-presidente do Marvel Studios), a Marvel Entertainment Inc. e seu presidente do conselho Isaac Perlmutter. Segundo Garbus, o dinheiro está sendo exigido para todos os acionistas da Stan Lee Media, não apenas os quatro que abriram o processo.
O caso é delicado porque Stan Lee abriu uma nova empresa, a POW! Entertainment, quando a Stan Lee Media estava mal das pernas em 2006. Aos poucos a Stan Lee Media saiu da falência e agora diz que Lee, a Marvel e os outros acusados violaram copyrights quando começaram a produzir os filmes dos super-heróis da casa a partir de 1998.
Oficialmente, a Marvel diz que o novo processo está cheia de "argumentos ridículos" e contém reivindicações que já foram recusadas em juízo em processos anteriores. Garbus diz, segundo a Associated Press, que este processo é diferente porque cita nominalmente Lee, Arad e Perlmutter. Segundo suspeita de Garbus, quando Lee processou a Marvel antes por direitos semelhantes - e ganhou, tanto que se reconciliou com a sua antiga editora - ele chegou a um acordo que favoreceu apenas a si próprio, e não à Stan Lee Media. "Aquele dinheiro deveria ter ido para a Stan Lee Media", defende Garbus.
Em seu primeiro pronunciamento oficial, Stan Lee diz por meio de seu advogado, Mark W. Williams, que "espera poder alcançar uma resolução positiva para Stan Lee e sua família".
stan lee
