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Família de Gene Wilder explica por que ele não levou Alzheimer a público

"Ele não queria que a alegria virasse preocupação", diz sobrinho do ator

29.08.2016, às 21H05.
Atualizada em 29.08.2016, ÀS 21H16

A família de Gene Wilder, ator conhecido por filmes como A Fantástica Fábrica de Chocolate e O Jovem Frankenstein falecido nesta segunda-feira (29), explicou por que o ator não levou sua doença a público - ele lutou contra o Mal de Alzheimer pelos últimos três anos.

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"A escolha de manter (a doença) em segredo foi dele, conversando conosco, e tomando a decisão como uma família. Entendemos que todos os desafios físicos que essa situação apresentou foram os de mais sorte - essa doença-pirata, ao contrário de muitos casos, nunca roubou sua habilidade de reconhecer seus entes queridos, nem tomou conta de sua índole positiva e gentil. A doença tomou muito, mas não isso", escreveu Jordan Walker-Pearlman, em comunicado enviado ao site Just Jared.

"A decisão de esperar até este momento (a morte) para revelar sua condição não foi tomada por vaidade, mas mais porque todas as crianças que sorrissem ou o chamaram de 'Willy Wonka' um dia não precisariam ser expostas a um adulto falando sobre sua doença, ou problemas, fazendo com que a alegria virasse preocupação, decepção ou confusão. Ele simplesmente não podia aguentar a ideia de ver um sorriso a menos neste mundo", acrescentou.

"Ele tinha 83 anos e faleceu segurando nossas mãos com a mesma bondade e amor que exibiu desde quando consigo me lembrar. Enquanto nossas mãos se apertavam e ele dava seu último suspiro, o tocador de música, que estava no aleatório, começou a tocar uma de suas artistas favoritas: Ella Fitzgerald. Há uma foto em que os dois se encontram em um bistrô de Londres, há alguns anos, que está entre nossas posses mais queridas. Ela estava cantando "Somewhere Over The Rainbow" enquanto ele falecia", finalizou.

Nascido Jerome Silberman, o ator nasceu em Milwaukee, Wisconsin, em 11 de junho de 1933, e adotou o nome Gene Wilder aos 26 anos, inspirado no personagem Eugene Gant, de Thomas Wolfe, e no escritor Thornton Wilder. Depois de alguns trabalhos na TV, Wilder fez sua estreia no cinema em Bonnie e Clyde - Uma Rajada de Balas (1967). Logo depois, em Primavera Para Hitler (1967), começou a parceria com Mel Brooks, com quem também faria Banzé no Oeste (1974) e O Jovem Frankenstein (1974).

Em 1971 ganhou o papel em A Fantástica Fábrica de Chocolate e em 1975 fez sua estreia como diretor em O Irmão mais Esperto de Sherlock Holmes. Também comandaria e escreveria O Maior Amante do Mundo (1977), Amantes Sensuais (segmento "Skippy", 1980), A Dama de Vermelho (1984) e Lua de Mel Assombrada (1986). 

Além de Brooks, outro parceiro de Wilder nas tela foi o comediante Richard Pryor (um dos roteiristas de Banzé do Oeste), com quem estrelaria O Expresso de Chicago (1976), Loucos de Dar Nó (1980), Cegos, Surdos e Loucos (1989) e Um Sem Juízo, Outro Sem Razão (1991). 

Foi indicado ao Oscar duas vezes: a primeira como Ator Coadjuvante em Primavera Para Hitler e a segunda pelo roteiro de O Jovem Frankenstein.

Confira o último trabalho do ator em cena em Will & Grace:

Leia mais sobre Gene Wilder

 

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