Realizador de um dos filmes europeus mais aclamados e polêmicos do ano, o suspense Elle, o cineasta holandês Paul Verhoeven vai presidir o júri do 67º Festival de Berlim (9 a 19 de fevereiro).
O anúncio foi feito na manhã desta sexta (9), em um comunicado no qual o atual presidente da Berlinale, Dieter Kosslick, definiu o diretor de 78 anos como “artista multifacetado que trabalhou numa variedade de gêneros em Hollywood e na Europa”, destacando ainda o sucesso comercial de seu último longa-metragem, tido como favorito ao European Awards (o Oscar do Velho Mundo) que será entregue neste sábado, na Polônia.
“Não acredito em redenção, nem em heroísmo: sou um cineasta da observação, em busca de temas que geram incômodo, com interesse de retratá-los do modo mais adulto possível”, definiu-se Verhoeven em entrevista ao Omelete, em Cannes. Esta semana, seu Elle foi eleito o filme do ano pela Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro (ACC-RJ).
Estima-se que, a partir de segunda (12), serão divulgadas as primeiras atrações da Berlinale 67. Embora o evento alemão ainda não tenha feito nenhum anúncio oficial, especula-se que ele trará duas produções brasileiras para suas mostras paralelas: Pendular, de Julia Murat, e Rifle, de Davi Pretto. Fala-se ainda na inclusão do drama histórico Vazante, de Daniela Thomas, e, possivelmente, de Severina, de Felipe Hirsch, filmado com alguns dos maiores atores hispano-americanos, como Alfredo Castro e Javier Drolas. Mas nada passa do palpite até agora, nem a boataria de que T2-Trainspotting, de Danny Boyle, será o filme de abertura.
