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Festival de Cannes | Steve Martin pode estrelar remake de comédia premiada pela crítica

Produção alemã Toni Erdmann também pode ganhar a Palma de Ouro

22.05.2016, às 12H28.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H37

Ganhador do Prêmio da Crítica, dado pela Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica (Fipresci), no 69° Festival de Cannes, que termina daqui a algumas horas, a comédia alemã Toni Erdmann não apenas disparou nas bolsas de apostas europeias como sendo o possível ganhador da Palma de Ouro de 2016, como também caiu nas graças de Hollywood, com boatos fortes de remake nos EUA.

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Desde que a Sony Pictures Classics anunciou, durante o evento, ter adquirido os direitos de distribuir o filme pelo mundo, começaram a chover teses de que a trama – sobre um pianista fracassado que se disfarça de diferentes figuras para se aproximar da filha - seria refeito em solo americano. Embora a produção do longa-metragem, dirigido pela diretora Maren Ade, de 39 anos, não confirme - nem negue – esta hipótese de filmagem, rola por todos os veículos de mídia do Velho Mundo a notícia do que a trama escrita pela cineasta vai ser refilmada com Steve Martin no papel maculino principal, que, no original, coube ao austríaco Peter Simonischek. Difícil é saber que atriz hollywoodiana poderia viver a protagonista, a empresária Ines, interpretada (magistralmente) por Sandra Hüller, único nome feminino em concurso em Cannes que poderia tirar o prêmio de melhor atriz de Sonia Braga, estrela de Aquarius.

Nem tudo é gostável nos atos dos personagens de Toni Erdmann porque eu busquei acentuar o que havia de mais impulsivo em cada um”, explicou Maren Ade, em entrevista ao Omelete em Cannes.  

Caso ganhe a Palma de Ouro, a cineasta vai quebrar dois tabus. O primeiro: comédias raramente ganham festivais, mais voltados para tragédias sociais. Mas aqui, a sequência de uma “festa do pijama”, na qual a empresária Ines se vê às voltas com as trapalhadas de seu pai, levou Cannes em massa ao riso.  O segundo: em 69 edições do festival, o prêmio máximo foi dado apenas uma vez a uma mulher, a neozelandesa Jane Campio, por O Pianoem 1993.

Não gostaria de ficar presa em rótulos de gênero, mas isso vem acontecendo desde as primeiras sessões do meu filme em Cannes. No entanto, não penso em Toni Erdmann como um manifesto feminista. Ele é mais uma história sobre pessoas solitárias. Não importa o sexo delas. Importa a dor”, diz a diretora, conhecida no Brasil pelo longa Todos os Outros.  

A premiação de Cannes começa às 14h30 do horário de Brasília.

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