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Festival de Gramado | "Não considero a idade um problema", diz o homenageado Tony Ramos

Ator fala de seus novos trabalhos, como o seriado Vade-Retro

27.08.2016, às 18H43.
Atualizada em 03.11.2016, ÀS 14H02

Imerso nas gravações de Vade-Retro, novo seriado da Rede Globo, sobre um sujeito diabólico que atormenta sua advogada, Tony Ramos veio ao Festival de Gramado, neste sábado, receber uma homenagem especial pelo conjunto de seus 52 anos de carreira.

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Inaugurada na sexta, com uma controversa sessão de Aquarius, a maratona cinéfila gaúcha vai conceder ao veterano ator o Troféu Cidade de Gramado, em reverência a seu currículo de 128 personagens, cerca de 20 filmes, 30 peças de teatro e inúmeros sucessos na TV. "Há muita coisa que eu ainda desejo fazer na minha vida com a arte e não considero que a minha idade seja um problema, nem a minha barriga, que eu não disfarço", ironizou Ramos, hoje com 68 anos. "Quando uma cidade dá seu nome a um prêmio e o oferece a mim, a única coisa que tenho a dizer é 'Obrigado!'. O tablado é o princípio básico de um ator. E o palco de Gramado será um tablado para mim, que nunca piso em um set de cinema sem estar plenamente feliz com o trabalho a fazer."

O ator conversou com o Omelete sobre seu trabalho no papel de Abel Zebul, o protagonista de Vade-Retro (foto acima), série escrita pelos criadores de Os Normais, Fernanda Young e Alexandre Machado. "O texto é uma reflexão bem-humorada sobre o Diabo que existe dentro de cada um de nós. É uma história sobre as nossas dualidades, com um protagonista que quer o poder, acima de tudo. É um homem que dá palestras por aí e seduz as pessoas com seu jeito, sendo herdeiro de uma grande fortuna que pode ter adquirido de modo escuso. O mais bacana é ser um produto repleto de incorreção política."

Na TV, Tony Ramos ainda ataca atualmente de apresentador de um programa de entrevistas, A Arte do Encontro, com exibição às quartas, às 21h30, no Canal Brasil. Da lista de entrevistados que estão por vir, ele destaca seu papo com o cantor Zeca Pagodinho. "Eu já botei até o Ney Matogrosso para ler um trecho de uma peça, a inesquecível Dois Perdidos Numa Noite Suja, no meu programa, mas com o Zeca, teve o lance inusitado de ele me chamar para uma roda de samba em sua casa em Xerém, para tomar cerveja e comer leitão assado com pão", conta o ator.

Convidado para protagonizar um longa sobre a vida do médium escritor Allan Kardec, o pai da doutrina espírita, Tony Ramos ainda divulga em Gramado seu longa-metragem mais recente, Quase Memória, de Ruy Guerra, ainda inédito, no qual vive o alter ego do romancista Carlos Heitor Cony. "Este filme é um poema", define o ator.

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