Vai dar Brasil de cabo a rabo na edição 2017 do Festival de Roterdã, que vai de 25 de janeiro a 5 de fevereiro, na Holanda, apostando em narrativas anticonvencionais, de perfil mais experimental. Com o quadrinista Lourenço Mutarelli no elenco, o thriller mineiro Elon Não Acredita na Morte, de Ricardo Alves Jr., premiado em dezembro na China, no Festival de Macau, é uma das seis produções nacionais de longa metragem em exibição no evento.
Na competição oficial, pelo troféu Tiger, entrou Arábia, de Affonso Uchoa e João Dumans. Já para a seção Bright Future, foram convocados António Um Dois Três, de Leonardo Mouramateus; Corpo Elétrico, de Macelo Caetano, e Pela Janela, de Carolina Leone. De quebra, na mostra Signatures, dedicada a mestres de linhagem autoral, há uma vaga para Beduíno, de Julio Bressane, com Alessandra Negrini e Fernando Eiras como protagonistas.
“Roterdã quer um olhar original, de gente que está em busca de representar um mundo próprio”, diz o cineasta Gustavo Beck, delegado do festival holandês na busca de longas latino-americanos. “Com mais de 40 anos de vida, Roterdã ocorre entre os festivais de Sundance e Berlim, servindo, na contramão deles, como uma casa para um tipo de cinema de autor independente”.
Há uma leva brasileira também entre os curtas, com Um Campo de Aviação, de Joana Pimenta; Constelações, de Maurílio Martins; e Long Bueno, de Abílio Dias. O Brasil ainda coproduz Disseminate and Hold, de Rosa Barba, da Alemanha; e The Flavor Genome, de Anicka Yi, dos EUA.