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Festival de Tiradentes | Comédia sobre corrupção e viagem no tempo com Dedé Santana é destaque

Produção brasiliense A Repartição do Tempo é a única representante do Brasil no maior festival de horror e fantasia da Europa

21.01.2017, às 10H49.
Atualizada em 21.01.2017, ÀS 12H01

Em cartaz em 178 salas de exibição de todo o país ao lado de Renato Aragão em Os Saltimbancos TrapalhõesRumo a Hollywood, o veterano humorista Dedé Santana é o destaque do elenco de uma produção brasiliense que promete ser a maior atração da edição de 20 anos da Mostra de Cinema de Tiradentes, iniciada nesta sexta (20), em Minas Gerais: a comédia fantástica A Repartição do Tempo.

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Laureada com o prêmio de melhor direção no Rio Fantastik Festival, este debochado ensaio sobre a burocracia na capital do país, dirigido por Santiago Dellape, é o único representante brasileiro de longa metragem no Fantasporto (24 de fevereiro a 6 de março), o mais prestigiado evento dedicado à estética de horror e fantasia da Europa, realizado na cidade do Porto, em Portugal, há 37 anos.

Eu sempre quis fazer um filme sério, depois de tantos anos de Trapalhões, e este filme do Santiago, embora seja uma comédia, ofereceu pra mim situações bem diferentes, inclusive a chance de contracenar com a minha filha, Yasmim, que também é atriz”, disse Dedé ao Omelete.

No filme, no qual Dedé vive um policial, o diretor de uma repartição pública de má fama usa uma máquina do tempo para melhorar a qualidade de seu quadro de funcionários.

“Eu nasci numa tenda de circo, em São Gonçalo, e fiz minha carreira como artista no circo, até virar um trapalhão e desenvolver uma trajetória como comediante e como diretor. Nunca fui reconhecido como cineasta: nunca me convidaram para estar em um festival de cinema, o que é uma mágoa pra mim. Mas filmes como A Repartição me dão a chance de seguir trabalhando em universos diferentes”, explicou Dedé.  

As demais apostas de Tiradentes: 

  • OS INCONTESTÁVEIS: Talvez a mais provocativa atração de toda a programação do evento mineiro, este road movie trapalhão registra um tiquinho da estética suicida característica do cinema capixaba contemporâneo, ao esculhambar todas os padrões morais e toda a correção política numa história sobre dois malandros em busca de um carro de estimação que foi adquirido por um poderoso latifundiário. No caminho até o veículo, os dois vivem situações dignas dos filmes dos irmãos Coen na narrativa irônica do diretor Alexandre Serafini. É o achado da seleção de Tiradentes.
  •  A CIDADE ONDE ENVELHEÇO: Exibido na Europa em 2016, em mostras competitivas em Roterdã e em San Sebastián, esta produção luso-brasileira dirigida por Marília Rocha, contemplada com o prêmio de melhor filme no último Festival de Brasília, narra o reencontro de duas amigas portuguesas em Belo Horizonte, onde as divergências de comportamento entre as duas vai ameaçar a relação.
  •  MULHER DO PAI: Escolhida para representar o Brasil no Festival de Berlim, na seção juvenil Geração, o filme de estreia da cineasta gaúcha Cristiane Oliveira ganhou os prêmios de melhor direção, fotografia e atriz coadjuvante (Verônica Perrotta) no Festival do Rio, ao relatar, com dolorosos silêncios, a relação entre uma adolescente e seu pai cego. Um dos atores mais aclamados da ala indie do cinema nacional, Marat Descartes vive o deficiente visual.
  •  ELON NÃO ACREDITA NA MORTE: Laureado com um prêmio de contribuição artística por sua engenharia de som no Festival de Macau, na China, e selecionado para uma projeção em Roterdã, este thriller traz o escritor e quadrinista Lourenço Mutarelli como coadjuvante de uma intriga policialesca sobre um looser profissional (Rômulo Braga) que sai à caça do paradeiro de sua mulher, dada como desaparecida.

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