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O Silêncio do Céu | "O cinema é um espaço para testar meus limites", diz Carolina Dieckmann sobre filme de estupro

Longa já está em cartaz nos cinemas brasileiros

23.09.2016, às 17H44.
Atualizada em 01.11.2016, ÀS 17H02

Dona de um prestígio popular na TV inquestionável desde os primórdios de Malhação, em meados dos anos 1990, Carolina Dieckmann fez uma aposta na autoralidade ao estender seu raio de ação para o cinema, assumindo principal papel feminino de O Silêncio do Céu, em cartaz a partir deste fim de semana no Brasil. Rodado nas terras uruguaias de Montevidéu, falado em espanhol, tendo um dos astros do cult Relatos Selvagens – o galã argentino Leonardo Sbaraglia – como protagonista, o novo filme de Marco Dutra (Quando Eu Era Vivo) ganhou o Prêmio Especial do Júri no 44º Festival de Gramado e troféu da crítica. A produção ostenta um clima de tensão crescente, digna de thrillers de mestres europeus como Roman Polanski, ao retratar a atomização de um casal.

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Conhecido na TV pelo seriado O Hipnotizador da HBO, Sbaraglia interpreta Mario, roteirista cheio de medos (de avião, sobretudo), que vê a mulher, Diana (Carolina Dieckmann), sendo violentada por dois homens e não consegue reagir, paralisado pelo pânico. Diana não sabe que ele testemunhou o crime e não diz uma palavra sobre o caso, o que amplia ainda mais a angústia de Mario. Incapaz de lidar com a dor de sua própria impotência, ele decide descobrir o paradeiro dos estupradores e se vingar. Mas existe algo mais do que a revanche nessa trama: existe a falência afetiva.  Na entrevista a seguir, concedida por email ao Omelete, Carolina fala do processo de filmagem com Dutra e do lugar do cinema em sua trajetória:

O que o cinema representa para a sua carreira hoje como lugar de exercício e de experimentação? Onde o Marco Dutra entra nessa sua relação com a telona? 
Você já resumiu bem na pergunta... Para mim, o cinema é justamente um espaço de experimentação, de testar os meus limites além do que o público da TV está acostumado a ver do meu trabalho. Nesse contexto, o convite que o Marco Dutra me fez, de fazer um filme com esta história forte, rodado no Uruguai e ainda por cima falando em espanhol foi triplamente desafiador. Mas acho que é isso que move o nosso trabalho. 

Como funcionou a interação com Sbaraglia nas filmagens? 
Muito bem. Temos processos de atuar muito diferentes e na hora de filmar era como se trocássemos nossas experiências. 

O que esse casal em ruínas aponta sobre a vida a dois que se leva hoje? O quanto você entende O Silêncio do Céu como um filme de amor? 
Penso que o filme mostra a que ponto a ausência de comunicação pode chegar num ambiente íntimo como é a vida de um casal. Talvez seja um filme sobre o amor que um dia existiu, mas foi bombardeado pelo silêncio que domina a relação da Diana e o Mario. 

Quais serão seus próximos passos no cinema e na TV? O que esperar de Aurora, terror de José Efuardo Belmonte, com você no elenco?
Ainda não vi o Aurora pronto, mas acho que as pessoas podem esperar muita tensão  e alguns sustos. Estou muito curiosa para ver. Ainda não tenho data para voltar à TV. 

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