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Produção de Liga da Justiça na Austrália corre risco - e surgem informações sobre orçamento e título

O diretor George Miller não se conforma e ataca o conselho de finanças cinematográficas do governo a

19.03.2008, às 00H00.
Atualizada em 08.11.2016, ÀS 03H07

A pré-produção do filme da Liga da Justiça segue sem fazer alarde na Austrália, é que o já diziam alguns sites nas últimas semanas e é o que diz agora o ObsessedWithFilms.

Segundo o site, a Warner Bros. não quer perder o dinheiro que já empenhou na adaptação e segue preparando as filmagens, ainda que o futuro seja incerto. Enquanto o roteiro está sendo revisado, a construção de sets continua e a desenhista de figurinos Emily Seresin bate cartão no QG em Sydney duas vezes por semana.

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Até um nome falso para a produção, criado com o fim de despistar curiosos, já teria vazado: 7 Friends. Evidente que o codinome inventado para Justice League faz referência ao desenho Super-Amigos.

Outras informações - que o site diz ter conseguido com fonte legítima - dizem que a Weta Workshop de Peter Jackson não apenas trabalhará nos uniformes como também nas maquiagens em CGI de personagens. E o visual geral será bastante estilizado, com pesado uso de fundos virtuais, a exemplo de Capitão Sky, 300 e Sin City.

A grande questão agora é saber se, além da pré-produção, a filmagem em si acontecerá mesmo na Austrália. Segundo as novas e nacionalistas regras de incentivos fiscais no país, produções locais ganharão impostos menores, enquanto produções estrangeiras (especificamente, histórias que não abordem temas e elementos referentes à Austrália) terão que arcar com impostos maiores.

Com isso, Justice League e seus 200 milhões de dólares de orçamento podem se mudar para o Canadá, onde seria mais barato filmar. E isso pode acarretar a perda não só de astros que ganharam lugar no elenco por serem australianos, como a Mulher-Maravilha Megan Gale, como o próprio diretor George Miller - que em entrevistas já demonstrou seu descontentamento com a eventual mudança de locação.

Miller voltou a reclamar das novas regras ao jornal Sydney Morning Herald: "É uma oportunidade única para a indústria do cinema australiana que está sendo jogada fora por causa de raciocínio preguiçoso", criticou o diretor, referindo-se ao conselho de finanças cinematográficas do governo australiano. "Se essa decisão for mantida, há 90% de chance de eles estarem desperdiçando milhões de dólares em investimento pelos quais o mundo todo está brigando e, mais do que isso, empregos altamente especializados em termos de conhecimento e criatividade".

O conselho, por sua vez, rebate as acusações dizendo tratar-se de um "filme americano", que nada tem de australiano. Algo que o cineasta local não aceita, garantindo que o controle criativo total da produção é dele. "Não estou lutando pelo filme, estou lutando pela indústria do cinema australiana", bradou o cineasta, lembrando que a Nova Zelândia desenvolveu sua estrutura e empregos na área com Hercules, Xena e O Senhor dos Anéis e já ganhou a trilogia Tintim e mais dois Hobbit. "Eles têm trabalho para mais quinze anos por lá".

A disputa ainda parece longe de acabar... mas enquanto isso, fique com um detalhe que vale a pena mencionar. O jornal chamou o filme duranto todo o seu artigo de Justice League Mortal. Seria esse o título da superprodução baseada na equipe da DC?

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