Em entrevista ao jornal Washington Post, George Lucas conta que não tem qualquer influência sobre Star Wars - O Despertar da Força. Segundo ele, "a Disney decidiu que não gostava" da trama que Lucas esboçou para a nova trilogia, e o criador de Star Wars se diz em paz com essa decisão.
"Eu chamo [a venda da Lucasfilm para a Disney] meio como um divórcio. Não existe isso de trabalhar por cima do ombro de outra pessoa. Ou você é o dono ou não é. E fazer isso nunca funcionaria, então eu disse que 'queria o divórcio'. Eu sabia que não podia me envolver. Eu tornaria a vida deles miserável e a minha também. Isso provavelmente arruinaria a visão de J.J. [para o filme", diz Lucas, que espera assistir ao filme no Rancho Skywalker, onde mora: "Porque eu tenho o melhor cinema do mundo aqui".
Ainda na entrevista, Lucas defende uma das decisões mais controversas que tomou na franquia: adicionar, nas versões remasterizadas digitalmente em 1997, um disparo a laser de Greedo no embate contra Han Solo na cantina de Mos Esley. Fãs consideram a mudança um sacrilégio porque Solo atira primeiro no filme de 1977, sem dar ao alienígena qualquer chance de disparo.
"Han Solo ia se casar com Leia, e olhando em retrospecto você pensa: 'Ele deveria ser um assassino frio?' Porque eu estava pensando, mitologicamente, Solo deveria ser um caubói, deveria ser um John Wayne? Eu eu disse: sim, ele deveria ser um John Wayne. E quando você é John Wayne, você não atira em ninguém [primeiro], você deixa o outro dar o primeiro disparo. É uma realidade em termos mitológicos ao qual eu espero que a nossa sociedade preste atenção", justifica Lucas. Ele se refere ao mito americano estabelecido em westerns em que Wayne interpreta o pistoleiro de bom coração e de moral inabalável (papel que não era tão imaculado assim nos faroestes em que Wayne fazia anti-heróis).
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Star Wars - O Despertar da Força chega aos cinemas em 17 de dezembro de 2015.